terça-feira, 14 de abril de 2009

COMO PRATICAR O AMOR FRATERNAL - FILIPENSES 2.1-11


INTRODUÇÃO:
É importante sabermos que o tema central dessa carta é a alegria predominante na vida do cristão. Não obstante Paulo estar preso, não hesitou em exortar de forma amável e exemplar aos crentes da igreja em Filipos a buscarem a prática da humildade tendo como base o amor fraternal, visto que a nossa humildade é um reflexo do amor que temos para com o próximo.
Mesmo sendo uma igreja que dava a Paulo boas recordações pela contribuição no progresso do evangelho (1.3-5), necessitava ainda não só buscar o amor e a humildade, mas praticá-los na vida cotidiana, pois tal viver resultaria em bênçãos comparadas ao que aconteceu com Cristo na sua humilhação por amor à humanidade.
Nesta passagem encontramos alguns princípios básicos da fé, que nos faz entender a importância de vivermos em comunhão com os santos e praticarmos a humildade para com o nosso Deus, para que por meio desse “modus vivend” cristão possamos alcançar as bênçãos decorrentes de um viver digno do evangelho (1.27).
Com base nos primeiros onze versículos do capítulo três desta epístola, aprendamos um pouco com as lições de Paulo aos Filipenses e de acordo com estes princípios básicos saibamos COMO PRATICAR O AMOR FRATERNAL.


1. VIVENDO EM COMUNHÃO – vv.1-4
Das condições aplicadas por Paulo para se praticar continuamente o amor fraternal estar a comunhão do Espírito, observe o versículo um; “se há, alguma exortação em Cristo, alguma consolação de amor, alguma comunhão do Espírito, se há entranhados afetos de misericórdia”.
Sabendo que é o Espírito Santo que gera em nós a conversão, é óbvio que vivamos uma vida de acordo com a sua direção, pois se ele habita em nós certamente sua comunhão vai gera entranhados afetos de misericórdia para com os irmãos. A questão do amor fraternal é principio básico e conhecido de todos os cristãos, porque na verdade se amamos a Deus o amor dele estar em nós, e é com este amor incondicional que vamos manter a comunhão com os demais, sem olharmos para as diferenças alheias.
Este viver em comunhão é destacado por Paulo no versículo dois; “...penseis a mesma coisa, tenhais o mesmo amor, sejais unidos de alma, tendo o mesmo sentimento”. Se não há essa comunhão entre os santos certamente o que vai prevalecer no corpo de Cristo não é outra coisa senão a discórdia, a acepção e o partidarismo, coisas que Paulo condena no versículo quatro; “nada façais por partidarismo ou vanglória...”. mas tudo o que formos fazer devemos considerar os outros superiores a nós no sentido de devotarmos respeito e consideração mutuas.

Amados irmãos como o corpo de Cristo devemos amar os demais membros como se fossem nós mesmo, unidos no amor de Cristo, vivendo na comunhão incessante com os santos. Pensando os mesmos bons pensamentos com os mesmos sentimentos de ternos afetos de misericórdia. Devemos abandonar a vanglória, o egoísmo e passarmos a compartilhar também as nossas necessidades e dores, para que unidos possamos buscar diante da presença de Deus a solução, e juntos nos alegrarmos com as bênçãos recebidas.

2. VIVENDO EM HUMILDADE – vv.5-8
Todos os princípios enfatizados nesta passagem concernente à prática do amor fraterno são de caráter progressivo, continuo e não instantâneo. Deve ser uma busca constante até que Cristo venha. Isso reflete o grande desafio de passarmos por cima do nosso ego e vivermos em constante humildade diante do próximo para que possamos obter o testemunho de humildade diante de Deus.
É uma tarefa difícil, mas não impossível. Paulo não deixa os Filipenses sem um rumo a seguir, sem um ícone exemplar. Ele dá o exemplo do mestre por excelência em todas as áreas da vida, e perito em lições de humildade, Jesus Cristo; “tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus” (v.5).
Em outras palavras Paulo estava dizendo; “façam o mesmo que ele faria se estivesse no seu lugar, vivam como ele viveu, pense como ele pensou etc.”. Na certeza de que os nossos são resultados do que pensamos, Paulo orienta aos crentes que para viverem em humildade eles teriam que ter “o mesmo sentimento, o mesmo pensamento de Cristo Jesus”. Esse era o ponto de partida superarmos o egoísmo, a auto-suficiência, a vanglória e “vivermos em humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo” (v.4b).
O exemplo de Cristo enfatizado por Paulo é que ele deixou (se esvaziou) a sua glória divina para viver como homem, deixou seu trono de glória para ser servo tudo isso em obediência ao seu Pai até o mais baixo nível de humilhação, a morte de Cruz (5-8). Como resultado de tal obediência, “Deus o exaltou de tal maneira...”(v.9).

Sabemos amados que o princípio singular para ser reconhecido diante de Deus com honra e exaltação, é se humilhar a si mesmo para que possa ser exaltado. Fazemos na nossa vida coisas tão difíceis que até parecem impossíveis, mas, só parecem. Assim também é quanto à obediência a Deus, em todos os casos que Deus faz aliança com alguém lhes prometendo benção tais, tudo o que ele exige é obediência. Isso, Cristo fez, e como recompensa foi exaltado de tal maneira, que nada, nem nos céus, nem na terra e nem debaixo da terra há alguém semelhante a ele.
O mesmo Deus quer fazer com fazer, tão somente submeta-se à sua vontade, obedecendo à sua palavra até que um dia possas atingir a estatura de varão perfeito diante dele. Vivamos em humildade constante tendo o mesmo coração que teve Cristo Jesus.

CONCLUSÃO:
Amada igreja e amigos ouvintes dessa verdade, Deus é soberano, todo-poderoso e fiel às suas promessas, diante dele não somos nada. Portanto, o mínimo que podemos e devemos fazer para agradá-lo, é obedecer a sua palavra. Para adão, Noé, Abraão, Isaque, Jacó e muitos outros, foram chamados por Deus com direito à promessas imerecidas, e para todos eles Deus requereu tão somente que obedecessem à ele, caso contrário ele seria obrigado, por sua reta justiça agir de forma contraria. Se obedecesse, todos os desígnios de Deus se cumpririam não só na vida mas em toda à descendência deles.
Amados, o mesmo Deus destes homens que acabei de mencionar, é o mesmo Deus que hoje te dar a oportunidade de ouvir a sua palavra e te dá a bússola que te guiará no caminho da obediência, praticando o amor fraternal com todos independente de suas diferenças, vivendo em comunhão com o próximo e em humildade diante de Deus e para com o próximo. Fazendo assim, o mesmo Deus que exaltou seu filho Jesus, é o mesmo Deus que te fará assentar nas regiões celestiais e te fará reinar com ele para todo o sempre. AMÉM!
Seminarista Járber SOUSA
São Paulo, 14 de Abril de 2009

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