segunda-feira, 1 de junho de 2015

O TESTEMUNHO DE JOÃO BATISTA E OS SEUS FUNDAMENTOS - João 1.15-34


INTRODUÇÃO
João Batista é um dos personagens mais interessantes do Novo Testamento. Como percussor do Messias ele tem muito a nos ensinar sobre a motivação do nosso testemunho cristão aos que não conhecem o salvador.
Vivemos dias trabalhosos em que parte dos que se consideram ‘igreja’ não pregam a Verdade e por isso não vivem a essência do evangelho conforme nos diz as Escrituras. Diferente de Paulo, que se tornou um grande pregador do Evangelho após seu conhecimento pessoal de Cristo (At 9), o profeta João Batista transmitiu aos homens do seu tempo verdades vitais sobre o Messias, mesmo antes de tê-lo conhecido (v.31).
A semelhança de João Batista e dos discípulos de Jesus, nós também fomos chamados para sermos testemunhas de Jesus (At 1.8). é dever nosso transmitirmos a verdade como ela é e está registrada na Bíblia. O Evangelho como poder de Deus só pode ser testemunhado com veracidade se for testificados por verdadeiras testemunhas que conhecem a natureza do seu chamamento e por isso, assim como João Batista, vive os seus dias na terra “clamando no deserto” (v.23) exortando aos pecadores sobre a vinda do Messias.
É sobre esta voz, este testemunho, seus fundamentos e a sua atualidade para a igreja atual.
Analisando o texto em estudo, podemos observar que em primeiro lugar, o testemunho de João Batista estava alicerçado:
1. NA COMISSÃO DIVINA – v.6;
            “Houve um homem enviado por Deus, cujo nome era João”.
Esse é o testemunho do discípulo amado, o apóstolo João. Ele apresenta João Batista como sendo enviado de Deus. Comissionado oficialmente pelo Senhor para uma missão específica; endireitar o caminho do Senhor.
Mas não somente o apóstolo, o próprio João Batista tinha conhecimento da comissão divina. Quando questionado pelos sacerdotes enviados de Jerusalém sobre que ele tinha a dizer sobre ele mesmo, João responde enfaticamente; “Eu sou a voz do que clama no deserto” (v.23). Após o batismo de Jesus, João batista declara novamente a convicção que tinha da sua comissão; “Eu não o conhecia, mas aquele que me enviou a batizar...”.
Percebemos então, queridos, que uma das bases da nossa pregação e testemunho de Cristo deve estar alicerçado na vocação divina. Quando Deus envia, ele se responsabiliza. Quem não é chamado, não pode ser enviado. Assim como Jesus fez com os seus discípulos; “chamou os que ele mesmo quis” para depois os “enviar para pregar” (Mc 3.13,14), também fez conosco. Somos comissionados para sermos testemunhas fieis do Salvador, do Messias esperado.
Precisamos, assim como João Batista, sustentar a nossa pregação na convicção do nosso chamado. Todos quantos o receberam podem testemunhar da morte e da ressurreição de Jesus Cristo. O nosso testemunho do Salvador precisar estar bem fundamento, não no que nós achamos ou pensamos; ou simplesmente no que nos falaram a respeito dele, mas na certeza de que fomos chamados por Deus para sermos testemunhas da Verdade.
Somente os que foram realmente comissionados por Deus, compreendem o valor do imperativo; “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura” (Mc 16.15).
Uma vez conhecendo a natureza do seu chamado, João Batista prega a sua mensagem como veemência sustentada em outras verdades, como por exemplo:
2. NA PREEXISTÊNCIA DE CRISTO – v.15;
João, no seu testemunho afirma: “o que vem depois de mim tem, contudo, a primazia, porquanto já existia antes de mim”.
Em outras palavras, João estava dizendo “o meu sucessor é o meu antecessor”. Jesus viria em forma humana, mas já existia desde a eternidade. Esta verdade é destacada nos primeiros versos do evangelho deo apóstolo João.
No princípio:
  • Jesus estava com Deus – vv.1,2;
  • Jesus era Deus – v.2;
  • Jesus é antes de todas as coisas, razão pela qual tudo foi feito por ele – vv.3,10.

João Batista tinha a plena convicção de que a essência da sua pregação, o Messias, era antes de todas as coisas, eterno. Esta afirmação se apoia no verso 30, quando o Batista reforça a sua certeza a respeito da preexistência de Jesus. João não foi comissionado para testemunhar de alguém não eterno, limitado e finito. Deus o enviou para testificar daquele que existe desde a eternidade, Jesus.
O testemunho de João reflete sua confiança nesta verdade ao destacar três pontos importantes acerca de Cristo que nos levam a entender porque o Verbo é preexistente:
1.       Porque Cristo é Deus – v.18;
Esta é uma verdade da qual o evangelista não deixa dúvidas (vv.1-3). Semelhantemente, João Batista ao se referir a Jesus como sendo o “Deus unigênito que está no seio do Pai”. Esta expressão corresponde à outra, “Filho unigênito” (3.16) em muitas outras variantes do texto sagrado. Com esta declaração, João Batista testemunha que o Cristo é tanto “unigênito”, como também “divino”.
Somente um Ser divino por natureza pode ser preexistente. Como ele, outro não há, razão pela qual ele é “unigênito.
Outro ponto importante que nos permite entender a sua preexistência é;
2.       Porque Cristo é superior – 27;
A superioridade de Cristo é outra verdade que sustenta o testemunho de João Batista. Além de reconhecer que foi comissionado por Deus aceita também o fato dele ser inferior, e não igual ou maior do que aquele a quem ele veio anunciar.
Jesus é superior por que é Deus desde a eternidade (vv.1,2); porque é criador de todas as coisas (3,10); porque cheio de glória e o unigênito do Pai (v.14). Sabendo destes fatos, João Batista não poderia testificar de outra coisa a não ser que ele é o menos dos “escravos” ao declarar que não é “digno de desatar-lhe as correias das sandálias”.
Desatar as sandálias, como registrado no evangelho joanino ou carregar as sandálias, como escrito por Mateus em 3.11 era um trabalho destinado aos escravos. João estava com isto dizendo que não era digno de se quer cumprir com seus deveres de escravo mais vil em comparação com a grandeza da posição de Jesus. Isto nos leva a entender que somente um ser superior a tudo e a todos, pode ser preexistente.
Por seu Deus e superior, João testemunha por duas vezes  que estas são razões pela qual ele, Jesus, é digno de toda a primazia.
3.       Por isso tem a primazia – 15,30;
Nestes dois versículos, João Batista testemunha por duas vezes e com as mesmas palavras que Jesus tem a primazia por existir antes dede. João entende que sendo Deus superior a todas coisas deve ter a primazia em tudo. Por isso, ele testemunha com tanta veemência na pregação a respeito do Verbo divino.
A compreensão que temos do Deus a quem anunciamos define se o fundamento da nossa pregação é sólido ou vulnerável. Um testemunho de alguém que é preexistente por ser Deus, superior e que é digno de toda a primazia sem dúvidas é bem alicerçado. Verdade incontestável sobre o Salvador que anunciamos aos pecadores que nos ouvem, suficiente para torna-los filhos de Deus (v.12).
Cumpramos a nossa tarefa de sermos testemunhas do único Senhor, suficiente para salvar a todos quantos venham crer no seu nome. Pois pregamos um Cristo único, singular e verdadeiro.
A pregação de João estava fundamentada não somente no que ele sabia sobre o seu chamado e sobre o Verbo, mas:
3. NA EXPERIÊNCIA PESSOAL – vv.16;
Muitos baseiam seu testemunho de fé num mero conhecimento teórico e superficial. Sabem que Jesus é Deus, mas nunca experimentaram o seu poder. Pregam que Jesus é o Senhor, mas não se deixam governar por ele. Anunciam que ele é salvador, mas nunca passaram pela experiência do novo nascimento. Pregam, mas não vivem.
João Batista não sabia de forma simples sobre o Messias. Ele havia recebido informações do próprio Deus: “Eu não o conhecia; aquele, porém, que me enviou a batizar com água, me disse....” (v.32). João experimentou um conhecimento que veio do próprio Deus. E isto corresponde ao que ele já havia declarado no verso 18: “Ninguém jamais viu a Deus; o Deus unigênito, que está no seio do Pai, é quem o revelou”.
Percebemos nitidamente que João vivia uma experiência fundamentada no que ele havia recebido de Deus. Observe que ele diz no verso 16: “Porque todos nós temos recebido de sua plenitude e graça sobre graça”. É claro que ele não se referia à graça salvadora, mas a graça divina manifestada sobre eles. E que gradativamente poderia se tornar abundante na vida de que recebesse a Cristo como o Messias.
A expressão graça sobre graça nos fala de um suprimento sempre mais crescente da parte de Deus sobre nós. João havia experimentado dessa graça e por isso testemunhava com convicção sobre aquele por meio de quem viria a graça e a verdade (v.16).
Precisamos experimentar diariamente da graça de Deus sobre nossas vidas para termos condições suficientes para testemunharmos da verdade. Falar com precisão sobre o que sabemos de Cristo. Dizer que Jesus salva e com nossa vida mostrarmos que já fomos salvos; que Jesus perdoa porque nos perdoou; que ele leva para o céu, porque cremos que ele fará isso. Transmitir com confiança a verdade aos pecadores que precisam de provas do nosso testemunho. E o nosso testemunho da verdade só será eficiente, se já tivermos experimentado na vida o que anunciamos.
Por fim, o último ponto que desejo compartilhar sobre os fundamentos da pregação ou do testemunho de João Batista é a sua convicção:
4. NA MISSÃO DIVINA DE JESUS – v.29;
João Batista não poderia ter segurança em anunciar alguém que ele não soubesse o que faria. Ele não somente testificou sobre quem era o Messias e sua superioridade, mas também a sua missão na terra: “...viu João a jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de deus, que tira o pecado do mundo!”.
Era esta a verdade de que o mundo estava precisando. De alguém que perdoasse os seus pecados e os libertasse da condenação e não somente os libertasse do poder do império Romano.
Esta missão de Jesus reflete a manifestação do próprio Deus entre os homens (v.14). Somente como Emanuel, sendo Deus presente, Jesus poderia salvar dos pecados e da morte. O anjo Gabriel deixou isso bem claro a José (Mt 1.21) e a Maria (Lc 1.30) sobre a missão de Jesus, sobre salvar dos pecados.
Não era uma propaganda enganosa, um anuncia que requeria conveniência, mas arrependimento e fé daqueles que buscavam a salvação.
É esta a verdade que o mundo precisa e que a teologia da prosperidade não tem. Antes, pregam um Cristo que dar vida “boa” sem sofrimento e sem pobreza, e não um Jesus que salva e liberta, que cura e dá vida. Os seguidores da teologia da prosperidade testemunham que receberam bens, riquezas e fama. Mas os que testificam da missão de Jesus, testemunham que receberam o perdão dos pecados, a certeza da salvação e a esperança da vida eterna.
CONCLUSÃO
João Batista teve o seu ministério interrompido na terra ao ser decapitado (Mt 14:1-12; Mc 6:14-29 e Lc 9:7-9), mas, nem mesmo a morte apagou o seu legado, a persistência em testemunhar do que sabia e havia recebido de Deus. Tiraram a sua cabeça do corpo, mas não a sua pregação dos corações dos que creram. Tiraram a sua vida na terra, mas não a certeza da vida eterna que ele havia encontrado naquele a quem anunciara durante o seu ministério no deserto.
Precisamos de testemunhas como João Batistas em nossos dias. Homens e mulheres que tenham a certeza de quem foram comissionados por Deus para serem testemunhas de um Deus único e que tenham como fundamento do seu testemunho a experiência vivida por quem já aceitou a Cristo como Salvador.
Que a nossa fé e testemunho estejam sempre alicerçados nesta verdades aqui estudadas; na convicção do nosso chamado; na convicção de o Salvador de quem somos testemunhas é eterno; na nossa experiência de sermos alvos das graça de Deus e na convicção de que a missão de Cristo não é outra senão, tirar o pecado do mundo, buscar e salvar o perdido (Lc 19.10). João testemunha que de fato Jesus é o Filho de Deus (v.34), somente o Filho de Deus é quem pode libertar o homem dos seus pecados e dá-los a vida eterna (3.16,17).
Sejamos, pois, irmãos, testemunhas fieis do Jesus Cristo, pregando a verdade em todo o tempo e lugar. Sendo fieis às nossas convicções segundo as Escrituras, pois somente um testemunho segundo as Escrituras (1Co 15.1-4) será o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê.
Que o Senhor Jesus nos guarde no seu amor. Amém!
Pr. Járber Sousa
Em 25 de maio de 15

segunda-feira, 18 de maio de 2015

EDUCADOR CRISTÃO; IDENTIDADE, RESPONSABILIDADE E RECOMPENSA.


“Tu, porém, tens seguido, de perto, o meu ensino, procedimento, propósito, fé, longanimidade, amor, perseverança [...] Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o aprendeste.” (2Tm 3.11,14).
Se você atendeu ao chamado de ensinar em uma classe de EBD, você aceitou um nobre trabalho, porque este chamado traz consigo o privilégio e a responsabilidade de cooperar com Deus na formação do caráter cristão, e no compartilhamento do conhecimento espiritual.
A educação cristã é uma poderosa ferramenta à disposição do povo de Deus. Sua proposta se caracteriza pela formação integral do ser humano. Seu foco reside no desenvolvimento de todas as áreas da vida da pessoa, incluindo os aspectos físicos, emocionais, intelectuais, sociais e espirituais.
Nesse texto o nosso interesse é apresentar uma abordagem bíblica sobre a arte de educar, principal trabalho do educador cristão. Não pretendemos desconsiderar ou diminuir a figura do professor, mas diferenciá-lo dos educadores. Sendo os dois, tanto professores como educadores, fundamentais para o desenvolvimento intelectual da sociedade.
Para um melhor aproveitamento, precisamos compreender alguns diferenças básicas entre alguns termos relacionados a educação:
Ensinar e educar: Ensinar pode se resumir em transmitir informações; enquanto que, educar vai mais além, é aplicar na vida o que aprendeu demonstrar que não somente aprendeu verdade ensinada, mas foi educado pela mesma ao ponto de aplica-la na vida diária.
Professor e Educador: Muitas pessoas não distinguem os termos “professor” e “educador” e acabam por confundi-los ou tratá-los como sinônimos. Na verdade, há uma diferença entre esses dois termos. Enquanto um se refere ao profissional responsável pela instrução eficiente do aluno, o outro, além de ser profissional, é vocacionado e tem como responsabilidade a formação integral do seu aprendiz. O dicionário Aurélio, de Língua Portuguesa, define professor como “aquele que professa ou ensina uma ciência, uma arte, uma técnica, uma disciplina” Já o termo educador, que tem origem do vocábulo latim “educatore”, é definido como “aquele que educa”.
Diferenciando professor instrutor do professor educador
·         O professor instrutor superestima o quantitativo, o professor educador realça a busca do qualitativo;
·         O professor instrutor promove o ter; o professor instrutor promove para o ser (Ex: ter uma habilitação e ser habilitado, alguém pode comprar uma CNH, isso não a torna habilitada. Teve condições para adquirir de forma ilegal, mas teve caráter para adquirir de forma adequada).
·         O professor instrutor repete todo dia os mesmos cacoetes e recursos metodológicos, o professor educador reinventa permanentemente seus procedimentos, renovando-se com o aprendizado vigoroso de cada experiência vivida.
·         O professor instrutor considera-se detentor do saber, pronto e acabado. O professor educador concebe-se aprendiz inacabado, sempre buscando aprender mais.
·         O professor instrutor percorre os caminhos já feitos, mais fáceis e cômodos. O professor educador ousa as veredas ainda não trilhadas, mais desafiantes e difíceis, inaugurando caminhos novos, extraordinários.
·         O professor instrutor dita conteúdos para que os alunos copiem e assimilem de modo reflexo. O professor educador problematiza conteúdos para que os alunos reflitam e compreendam criticamente.
·         O professor instrutor reduz-se aos muros/muralhas da escola, da sala de aula. O professor educador transpõe esses limites traspassando os horizontes expansivos do cotidiano da vida.
·         O professor instrutor tende à intolerância e até ao abuso de poder, fala muito e quase não escuta. O professor educador prima pelos princípios da tolerância, da ética da solidariedade e da escuta sensível.
O educador Marcos Tuler afirma acertadamente que, existem diferenças gritantes entre a figura do professor e do educador. O professor tem a função de transmitir o seu conhecimento, enquanto o educador é comprometido com a formação integral do ser humano e com a sua interação com a família e a sociedade.   O professor sai de casa para mais um dia de aula, enquanto o educador busca formas para promover a transformação do seu aluno. O professor vê no erro do aluno apenas um erro enquanto o educador o vê como fase de transição no processo de aprendizagem.  O professor impõe seus ideais como centro do conhecimento, enquanto o educador é um mediador da relação ensino-aprendizagem.
1. A IDENTIDADE DO EDUCADOR
O pastor e educador Marcos Tuler nos apresenta algumas analogias que nos fazem entender melhor qual a identidade do educador cristão. Ele diz que:
“Professores são como eucaliptos”: Eucaliptos não se transformarão em jequitibás, a menos que em cada eucalipto haja um jequitibá adormecido: os eucaliptos são árvores majestosas, bonitas, porém absolutamente idênticas umas às outras, que podem ser substituídas com rapidez sem problemas. Ficam todas enfileiradas em permanente posição de sentido, preparadas para o corte e o lucro”.
Em contrapartida, em relação ao educador ele diz:
“Educadores são como jequitibás”: Citando Ruben Alves ele diz; “os eucaliptos são símbolos dos professores, que vivem no mundo da organização, das instituições e das finanças. Os eucaliptos crescem depressa para substituírem as velhas árvores seculares que ninguém viu nascer e nem plantou. Aquelas árvores misteriosas que produzem sombras não penetradas, desconhecidas, onde reside o silêncio nos lugares não visitados. Tais árvores possuem até personalidade como dizem os antigos”. Os educadores são como árvores velhas, como jequitibás, possuem um nome, uma face, uma história. Educador não pode ser confundido com professor. Da mesma forma que jequitibás e eucaliptos não são as mesmas árvores, não fornecem a mesma madeira.
Como enfatiza o grande educador Rubem Alves, “professor é profissão, não é algo que se define por dentro, por amor. Educador, ao contrário, não é profissão; é vocação. E toda vocação nasce de um grande amor, de uma grande esperança”.
2. AS RESPONSABILIDADES DO EDUCADOR CRISTÃO
Educar, dentro de uma perspectiva cristã, exige um compromisso constante não apenas com a qualidade de conteúdo, a eficácia de método educacional, mas, acima de tudo, com o progresso do aluno em sua fé. Ajuda-lo a desenvolver todo o seu potencial e talentos concedidos por Deus é primordialmente a meta a ser perseguida por todo educador cristão.
De acordo com a cosmovisão cristã, o alvo do educador não consiste apenas da transmissão  de  conhecimento,  mas  requer  a esperança  de  uma transformação do aluno a ser operada pela ação do Espírito Santo. A fim de atingir este objetivo, o educador cristão deve atentar para um esforço sistemático em termos de exposições sequenciais e interações contínuas com seus alunos, sempre buscando refletir em seu procedimento as características de um discípulo de Cristo.
De acordo com o pastor e educador Gilmar Chaves (2012, p.18), o trabalho do educador pode ser representado, por exemplo, pela ação de um escultor que toma uma pedra, uma madeira ou mármore ainda em estado bruto e sem forma. Contudo, por sua ação planejada, começa o processo de extração do material informe, tirando partes dele e lapidando-o de acordo com as intenções e o formato desejado em sua mente. Há um formato no qual os filhos do Reino devem encaixar-se. A educação cristã pretende ser, por meio do ensino bíblico, o instrumento para lapidar e moldar o cristão ate que ele tome a forma desejada por Deus.
Essa verdade corresponde ao que nos ensinou Paulo:
“Não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm 12.2).
Tratando de alguns aspectos do educador o pastor Marcos Tuler diz que “Nenhum educador cristão deve fracassar diante da tentação de apenas manter seus alunos informados a respeito da Bíblia e da vontade de Deus. Antes deve torná-los, através da influência do próprio exemplo, praticantes da Palavra e perseguidores da vontade divina”, e destaca ainda algumas responsabilidades vitais do educador:
2.1. Devem se dedicar ao ministério de ensino
Os chamados, enquanto ensinam, sentem seus corações inflamarem pela atuação poderosa do Espírito Santo. Eles amam intensamente sua missão. Têm dedicação em sua prática docente: “...se é ensinar, haja esmero ao ensino” (Rm 12.7b). E o que significa esmero? Esmero significa integralidade de tempo no ministério de ensino, ou seja, estar com a mente, o coração e a vida totalmente voltados para esse mister. Ser ensinador cristão é diferente de ocupar o cargo de professor. Envolve chamada específica e capacitação divina.
2.2. Devem manter comunhão real com Cristo
Isto significa que Cristo é, em primeiro lugar, seu salvador pessoal, salvou-o de todo o pecado e é também Senhor e dono da sua vida. Há professores que não têm certeza da própria salvação, como poderão ensinar Soteriologia? Outros não oram, não leem a Bíblia e não têm vida devocional. São técnicos! No magistério cristão, de nada adianta ensinar o que não sente e não vive. O educador nunca ensinar aquilo que não está disposto a obedecer.
2.3. Devem seguir o exemplo de Cristo
A melhor maneira de unirmos as funções de professor e educador é seguirmos o exemplo de Jesus. Ele foi, em seu ministério terreno, o maior professor e pedagogo de todos os tempos; usou todos os métodos didáticos disponíveis para ensinar: costumava, por exemplo, fazer perguntas para induzir a audiência a dar a resposta correta que Ele buscava; fazia indagações indiretas exigindo que seus discípulos comparassem, examinassem, relembrassem e avaliassem todos os conteúdos; exemplificava com parábolas, contava histórias e usava vários métodos criativos. Conforme declarou LeBar, citado por Howard Hendricks no Manual de Ensino, CPAD, “Jesus Cristo era o Mestre por excelência, porque ele mesmo encarnava perfeitamente a verdade. […] Ele entendia perfeitamente seus discípulos, e usava métodos perfeitos para mudar as pessoas individualmente e sabia como era a natureza humana e o que havia genericamente no homem (Jo 2.24,25)”.
2.4. Nunca deve cessar de aprender
Um autêntico educador, ao contrário de certos professores que se sentem “donos do saber”, são humildes e estão sempre dispostos a aprender. Ele não se esquece que o homem é um ser educável e nunca se cansa de aprender. Aprendemos com os livros, com nossos alunos, com as crianças, com os idosos, com os iletrados, enfim, aprendemos enquanto ensinamos. Não há melhor maneira de aprender do que tentar ensinar outra pessoa. O professor-educador deve estar atento a qualquer oportunidade de aprender. Quando não souber uma resposta, é melhor ser honesto e dizer que não sabe. A ausência do orgulho diante da realidade de “não saber”, facilita e promove a aprendizagem.
2.5. E por fim, a maior responsabilidade de todas, é o dever de se manter fiel a Palavra de Deus
O compromisso do educador cristão é com a verdade absoluta. Em um contexto onde a verdade é quase que universalmente aceita como relativa e situacional, a educação cristã afirma a natureza absoluta da verdade. Ao fazer isto, o educador cristão aponta para as Escrituras Sagradas como a fonte dessa verdade. A importância da Bíblia para a educação cristã consiste no fato de que ela é o registro e a revelação escrita de Deus.
Ao manter a Bíblia como sua fonte de autoridade final, o educador cristão não ignora os estudos contemporâneos nem as necessidades de desenvolvimento do aprendiz. Pelo contrário, ele se sente livre para investigar todos os campos do saber humano com a confiança de que Deus é o autor de toda a verdade.
3.       AS RECOMPENSAS DO EDUCADOR CRISTÃO.
Séculos antes de Jesus exercer seu ministério terreno, profetizou Isaias: "Ele verá o fruto do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito; com o seu conhecimento o meu servo, o justo, justificará a muitos; porque as iniquidades deles levará sobre si."  (Is 53.11).
Imagine Cristo, vindo ao mundo para buscar e salvar o que se havia perdido (Lc 19.10), e depois vê-los como novas criaturas (2Co 5.17).
Agora imagine Paulo pedindo aos seus alunos: “Sede também meus imitadores” (Fp 3.17; 1Co 4.16), e depois olhar para eles e afirmar: "E vós fostes feitos nossos imitadores, e do Senhor, recebendo a palavra em muita tribulação, com gozo do Espírito Santo."  (I Ts 1.6).
O mesmo Paulo que educou a Timóteo dizendo que se era modelo para os santos (1Tm 1.16), roga a Timóteo que também se torne um modelo para os fiéis (1Tm 4.12), reconhece posteriormente que Timóteo foi tão bem educado (2Tm 3.10) e que seria a pessoa ideal para dar continuidade a sua tarefa de ensino (2Tm 4.2-5).
Certamente não há recompensa maior do que ver o fruto do nosso trabalho.
Será se Cristo pode olhar para nós, e analisando a nosso ministério de ensino ele pode ficar satisfeito e dizer que valeu a pena morrer por nós? Será se nós estamos fazendo valer a pena a razão para a qual fomos conquistados, a perfeição?
“Não que já a tenha alcançado, ou que seja perfeito; mas prossigo para alcançar aquilo para o que fui também preso por Cristo Jesus. Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus” (3.12-14).
A nossa recompensa aqui na terra é ver a transformação na vida dos que nos ouvem, gerada pelo ensino da palavra de Deus. Ao findar a nossa lida aqui, temos da parte da parte de Deus uma recompensa eterna no céu:
“Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda” (2Tm4.7,8).
Que Deus nos abençoe!
Pr. Járber Sousa
Material preparado para o Seminário Regional da EBD em Bacabal-MA

Referências:
CHAVES, Gilmar Vieira; Educação Cristã, uma jornada para toda vida. Central Góspel, 2012.
HENDRICKS, Howard; Ensinando para transformar vidas. Betânia, 1991.
PEARLMAN, Myer; Ensinando com êxito na Escola Dominical. Vida, 1995.

TULER, Marcos; Recursos didáticos para a Escola Dominical. CPAD, 2011.

quarta-feira, 13 de maio de 2015

A IMPORTANCIA DA DOUTRINA NA VIDA DO CRISTÃO


“Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido; E que desde a tua meninice sabes as sagradas Escrituras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus. Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça; Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra“ (2 Timóteo 3:14-17)

INTRODUÇÃO

A palavra doutrina se origina do grego “didaque”, significando ensino ou instrução. Este termo expressa tanto o ato de ensino (sentido ativo) como aquilo quer é ensinado (sentido passivo). Quando falamos em doutrina, estamos nos referindo aquelas que são expostas na Bíblia e que representam o alicerce, o sustentáculo de nossa fé. Se descuidarmos e desprezarmos as doutrinas, perderemos a nossa identidade espiritual como servos de Deus, como seguidores de Cristo, como discípulos de Cristo.

E Paulo nas suas cartas ao seu amado filho na fé, Timóteo, expõe de forma clara e objetiva a importância da doutrina na vida daquele jovem obreiro e o resultado na vida daqueles que lhes ouviriam. Observando as duas cartas à Timóteo, Paulo ressalta que o êxito da doutrina na vida, depende também de algumas atitudes por parte daquele que a recebe. Das quais destacamos duas:

1.       O Êxito Da Doutrina É Resultado De Uma Vida De Oração

“Admoesto-te, pois, antes de tudo, que se façam deprecações, orações, intercessões, e ações de graças, por todos os homens” (1 Timóteo 2:1).

A oração é uma disciplina que deve estar sempre ativa em nossa vida. Exemplos na Bíblia de pessoas que dedicaram tempo a prática da oração, são inúmeros. Dentre eles destacamos Daniel, que orava em todas as circunstâncias da vida, demonstrando assim, sua inteira dependência de Deus.
“porque, pela palavra de Deus e pela oração, é santificado” (1 Timóteo 4:5).

Conhecer a Bíblia, os credos e um pouco sobre Deus e não cultivar uma vida de oração, é reflexo de uma vida que ainda não transformada pela eficácia da doutrina. “Se você não ora, você não conhece a Deus; e se não conhece a Deus, é porque não conhece a sua palavra”.

2.       O Êxito Da Doutrina É Resultado Do Exercício Da Piedade
Este é outro aspecto importante na vida de quem vive sob uma orientação doutrinária sadia, o exercício da piedade:
Expondo estas coisas aos irmãos, serás bom ministro de Cristo Jesus, alimentado com as palavras da fé e da boa doutrina que tens seguido. Mas rejeita as fábulas profanas e de velhas caducas. Exercita-te, pessoalmente, na piedade” (1Tm 4.6,7).

As palavras piedade, piedoso (a) e piedosamente são encontradas várias vezes no Novo Testamento, e frequentemente são mal-entendidas.
A nossa palavra "piedade" vem do Latim, e tem dois sentidos:
1. Amor e respeito às coisas religiosas; religiosidade; devoção;
2. Pena dos males alheios; compaixão, dó, comiseração";

Na linguagem popular, e muitas vezes no AT, a palavra tem o segundo sentido e traz a ideia de compaixão. Mas, no NT, o sentido normalmente é o primeiro, ou seja, devoção a Deus ou respeito às coisas religiosas.

Veja como este entendimento esclarece alguns versículos.
·        
    2 Timóteo 3:12 diz que "Ora, todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos." O sentido de mostrar compaixão para com outras pessoas não se encaixa aqui (seremos perseguidos por mostrar compaixão?). Antes, os que demonstram reverência a Deus serão oprimidos.
·       
          1 Timóteo 3:16 diz que "grande é o mistério da piedade", mas o versículo não fala de sentir dó para os outros. Fala, sim, dos motivos que temos para adorar a Jesus: “Aquele que foi manifestado na carne foi justificado em espírito, contemplado por anjos, pregado entre os gentios, crido no mundo, recebido na glória”.

A vida de oração e o exercício da piedade são atitudes indispensáveis para a aplicação do poder da doutrina na vida pessoal. São demonstrações de que realmente conhecemos a Deus; por isso confiamos nele em oração, lançando sobre ele as nossas necessidades e aprofundamos o nosso relacionamento com ele através do exercício da piedade porque queremos mais dele. Diz o próprio Paulo: “a piedade para tudo é proveitosa, porque tem a promessa da vida que agora é e da que há de ser” (2Tm 4.8).
Vivendo estes dois princípios na vida, estaremos prontos para percebermos a importância da doutrina em nossa vida.

1.       ELA PREVINE A IGREJA CONTRA FALSOS ENSINOS – 1Tm 1.3-5;
“Quando eu estava de viagem, rumo da Macedônia, te roguei permanecesses ainda em Éfeso para admoestares a certas pessoas, a fim de que não ensinem outra doutrina, nem se ocupem com fábulas e genealogias sem fim, que, antes, promovem discussões do que o serviço de Deus, na fé. Ora, o intuito da presente admoestação visa ao amor que procede de coração puro, e de consciência boa, e de fé sem hipocrisia”.
Uma igreja fortalecida de na doutrina de Cristo é descrita como tendo edificado a sua casa sobre a rocha: “Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as pratica será comparado a um homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha” (Mt 7.24).
2.       ELA NOS LEVA AO ENCONTRO DA SALVAÇÃO – 1Tm 4.16;
“Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Continua nestes deveres; porque, fazendo assim, salvarás tanto a ti mesmo como aos teus ouvintes”.
A salvação é dom gratuito de Deus, mas esta verdade não invalida a resposta humana na aplicação da salvação na sua vida.
·         O evangelho é pregado, quem ouve precisa crer para ser salvo;
·         Deus amou ao mundo, Jesus veio ao mundo por amá-lo e morreu para provar este amor; mas o texto é bem claro em informar que: “para que todo aquele que nele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna (salvação) (Jo 3.16);
·         Aqueles que creram e receberam de Deus a salvação, precisam agora, perseverar, permanecer firme na doutrina de Cristo, pois tal permanência resultará no estágio final da salvação que é a glorificação.
É isto que Paulo está dizendo a Timóteo; “Continua nestes deveres”. Isto é, no ensinamento da doutrina cristã (Champlin, vol.5, p.427). está implícito o dever da santidade e da correta realização dos deveres cristãos.
É interessante observar, que Paulo deixa claro que, a salvação está condicionada a dois princípios básicos da grande comissão: 1.Crer para ser salvo e 2. ensinar para salvação.
Todo cristão que foi salvo por Jesus e permanece na doutrina, transmite esta doutrina para a salvação de outrem que virem a crer nela.
3.       ELA NOS DESPRENDE DA TEOLOGIA DA PROSPERIDADE – 1Tm 6.3-5;
Paulo alerta Timóteo contra falsos mestres que ensinam outra doutrina tendo-a como fonte de lucro:
“e alguém ensina outra doutrina e não concorda com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo e com o ensino segundo a piedade, é enfatuado, nada entende, mas tem mania por questões e contendas de palavras, de que nascem inveja, provocação, difamações, suspeitas malignas, altercações sem fim, por homens cuja mente é pervertida e privados da verdade, supondo que a piedade é fonte de lucro.
Paulo roga a Timóteo diferenciando-o destes falsos crentes chamando de “homem de Deus”, levando seu discípulo a entender a razão das petições seguintes:
Tu, porém, ó homem de Deus, foge destas coisas; antes, segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a constância, a mansidão. Combate o bom combate da fé. Toma posse da vida eterna, para a qual também foste chamado e de que fizeste a boa confissão perante muitas testemunhas [...]que guardes o mandato imaculado, irrepreensível, até à manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo [...]Exorta aos ricos do presente século que não sejam orgulhosos, nem depositem a sua esperança na instabilidade da riqueza, mas em Deus, que tudo nos proporciona ricamente para nosso aprazimento; que pratiquem o bem, sejam ricos de boas obras, generosos em dar e prontos a repartir; [...] E tu, ó Timóteo, guarda o que te foi confiado, evitando os falatórios inúteis e profanos e as contradições do saber, como falsamente lhe chamam, pois alguns, professando-o, se desviaram da fé (vv.11,12,14,17,20,21). 

    4.       ELA NOS TORNA SÁBIOS – 2Tm 3.14,15;

“Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido; E que desde a tua meninice sabes as sagradas Escrituras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus”.
Timóteo foi instruído por sua mãe, Eunice, e por sua avó, Lóide, se tornou num dos melhores pastores do Novo Testamento. Ainda jovem, veio ele a ser considerado um sábio, conforme lhe escreveu Paulo.
Esta é a sabedoria espiritual que recebemos quando fomos salvos em Cristo. É através dela que compreendemos e aceitamos a vontade de Deus em nossa vida. Apresentamos a Deus um culto racional, rejeitamos viver de acordo com o mundo e pela transformação da mente experimentaremos qual é a boa, perfeita e agradável vontade de Deus (Rm 12.1,2).
·         Quem não tem esta sabedoria, pode até possuir “forma de piedade”, mas nega o poder. Já quem é sábio, foge destes (2Tm 3.5).
·         Se deixam levar por pouca coisa, e o que aprendem nunca lhes permitem chegar ao conhecimento da verdade (2Tm 3.6.7).

5.       ELA NOS CAPACITA PARA TODA BOA OBRA – 2Tm  3.16-17;
“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra”.
A perfeição aqui não é o estado eterno, a glorificação. Mas, um sentido de ser “completo”, “capaz de satisfazer todas as exigências de Cristo”. Ela além de nos capacitar, ela nos equipa. Este é o sentido de “perfeitamente habilitado”.
CONCLUSÃO
A nossa dedicação à palavra de Deus, como doutrina absoluta da nossa vida nos faz assim, aptos para (2Tm 4.1-5);:
·         Pregar a palavra em qualquer oportunidade;
·         Corrigir, exortar e repreender;
·         Suportar as aflições e;
·         Cumprir o nosso ministério.

Pr. Járber Sousa
Ministrado na AD-Presidente Dutra,MA

Em 13 de abril de 2015