“...até que se derrame sobre nós o Espírito lá
do alto; então, o deserto se tornará em campo fértil, e o campo fértil será
tido por bosque;”
INTRODUÇÃO
Quando
Isaías inicia o seu ministério em 740 a.C., Judá estava gozando de uma longa e
sustentada prosperidade sob o reinado do seu primo, o rei Uzias. Porém, esse
tempo estava se findando, pois a potência erguida sobre Uzias e Jotão, reis
tementes a Deus, desmoronou-se a medida que Acaz passou a fazer alianças com
nações pagãs em vez de confiar no SENHOR. Acaz era tão perverso que, quando
atacado pela Síria e Israel, ele procurou inutilmente aplacar a ira divina
sacrificando o seu filho mais velho sobre um altar e ainda pediu reforço aos
Assírios. Em vez de confiar inteiramente no Senhor.
Esse
ponto reflete o caos do cenário espiritual da nação judaica. Foi sob esse
período que Deus levantou Isaías como arauto para proclamar salvação ao povo,
esse é o tema central de Isaías, bem como o significado do seu nome, o SENHOR é a salvação.
Deus
derramaria sua ira sob os perversos de Judá, porém, com a ascensão do rei
Ezequias ao trono, houve uma reforma que começou no primeiro mês do seu
reinado, isso fez com que Deus os livrasse da opressão dos Assírios que
destruíram Israel, o reino do Norte em 722 a.C. Porém, as alianças de Ezequias
com o Egito e a Babilônia, trouxe renovada agressão ao reino por meio da
Assíria que cercou Jerusalém ameaçando destruí-la. Foi nesse tempo que,
Ezequias aceitando o conselho de Isaías, decide confiar inteiramente no SENHOR
que envia o seu anjo contra o exército assírio e mata 185 mil soldados assírios.
Logo depois, o próprio Ezequias diante de uma enfermidade terminal, recebe da
parte de Deus a cura e mais quinze anos e ainda proteção contra a Assíria.
Diante desse contexto,
meditaremos nesse texto sob o aspecto da vontade de Deus em ter o seu povo
inteiramente voltado para Si. Temos visto em todo o AT o intenso desejo de Deus
em abençoar sobremaneira o seu povo, prometendo no fim dos tempos um reino de
justiça e paz sob o governo do próprio príncipe da Paz, Jesus, quando na
verdade haverá o derramamento pleno do Espírito. O que temos visto e ainda hoje
vemos, é um cumprimento parcial destas promessas, que alimentam a nossa alma e
nos sustenta com poder que nos possibilita a vivermos pela fé até que entremos
nesse reino para que com Cristo possamos reinar.
Porém,
antes que esse reino seja instaurado, Deus promete meios pelos quais o seu povo
possa se voltar para Ele e viverem uma vida santa, e um desses meios, é o
derramamento do Espírito santo sobre o seu povo que com o seu poder restaura a
vida daquele que o recebe e o deixa apto a fazer a sua vontade. É sobre isso
que vamos meditar, sobre O PODER
RESTAURADOR DO ESPÍRITO SANTO como algo vital que nos permite vivermos para
o agrado do SENHOR.
1.
O PODER DO ESPÍRITO SANTO RESTAURA O NOSSO CONHECIMENTO DO SENHOR; Isaias 1.3;
11.9.
O
texto do nosso tema começa com a expressão, “...até que se derrame”. Isso nos permite compreender que há
um intervalo entre o juízo contra o povo e uma futura restauração. A razão não
é outra senão por causa do pecado, do afastamento do povo de Deus, do desvio
das suas palavras que os levou a desconhecerem o seu Deus, a ponto de Isaias
proclamar que;
“O boi conhece o seu possuidor, e o
jumento, o dono da sua manjedoura; mas Israel não tem conhecimento, o meu povo não entende.” 1.3
Bois
e jumentos são estúpidos. Como são animais, são ignorantes. Mas sabem o
bastante para encontrar o seu mestre. Afinal de contas é ele quem os alimenta.
Era
essa a situação decadente do povo. Não tinha mais intimidade com Deus. Quando o
procuravam era por conveniência, para receber algum beneficio e não por amor e
temor. O capítulo um de Isaías nos fala que Deus abominava os sacrifícios e até
as celebrações. Era um culto falso, sacrifícios que visavam mais barganhar a
Deus do que externar arrependimento.
A mesma situação
ocorreu nos tempo do profeta Oséias que chegou a declarar;
“O meu povo está sendo destruído
porque lhe falta conhecimento...” (Os
3.6).
Foi
sobre esse povo que Deus prometeu restaurá-los a Si, mas para que isso fosse
possível, teria que vir do céu o seu Espírito para restaurar o conhecimento
sobre Deus. Para estimular o desejo de intimidade com o SENHOR. Foi com esse
objetivo que Jesus enviou o seu Espírito; “ele
vos ensinará todas as coisas e vos
lembrará de tudo quando tenho dito”. (Jo 14.26).
É
o Espirito que testifica com o nosso espírito que não devemos pecar porque
somos filhos de Deus, somente por esse conhecimento é que nos voltamos para
Deus.
Devemos
buscar como no Cenáculo esse derramar do Espírito sobre as nossas vidas até que
um dia possamos ver na sua plenitude esse conhecimento que um dia encherá a
terra;
“Não se fará mal nem dano algum em
todo o meu santo monte, porque a terra
se encherá do conhecimento do SENHOR, como as aguas cobrem o mar.” 11.9.
É
isso que nos falta na atualidade, conhecimento, relacionamento profundo,
intimidade com Deus. Conhecer e obedecer as suas leis. O Espírito tem o prazer
de nos conduzir a este grau de intimidade restaurando-nos de volta à presença
do Todo-poderoso. Foi conhecendo a Deus assentado no seu sublime trono que
Isaías tomou conhecimento da sua pecaminosidade. Assim, quanto mais conhecemos
ao Senhor, mais indignos nós nos sentiremos; quanto a isto, o Santo Espírito de
Deus com o seu poder nos restaura diante da glória de Deus e nos permite
estarmos bem próximos dele.
2. O PODER DO ESPÍRITO SANTO PRODUZ
EM NÓS ARREPENDIMENTO; Zc 12.10; Jo 16.8
O
pecado sempre foi um bloqueio na relação entre Deus e o seu povo. Ainda no
capítulo 1.4-6 de Isaías vemos Deus classificando o seu povo da seguinte
maneira;
“Ai desta nação pecaminosa, povo
carregado de iniquidade, raça de malignos, filhos corruptores, abandonaram o
SENHOR, blasfemaram o Santo de Israel, voltaram para trás. Porque haveis de
ainda ser feridos, visto que continuais em rebeldia? Toda a cabeça está doente,
e todo o coração enfermo. Desde a planta do pé até a cabeça não há nele coisa
sã, senão feridas, contusões e chagas inflamadas, umas e outras não espremidas, nem atadas, nem amolecidas com óleo”.
Estas
são palavras do próprio SENHOR e não do profeta; “Ouvi, ó céus, e dá ouvidos ó terra, porque o SENHOR é quem fala...”(1.2).
O próprio Deus é quem trás à claridade o pecado de Judá;
·
Nação
pecaminosa; faz-nos
entender que o pecado era generalizado e uma constante entre o povo.
·
Povo
carregado de iniquidade; a iniquidade não era daquele momento, mas algo praticado desde os seus
antepassados, por isso eles estavam carregados.
·
Raça
de malignos e filhos de corruptores; não que fosse maldição hereditária, mas foi esse o legado que deixaram
os seus pais. Daí a razão do SENHOR chama-los de raça de malignos e filhos de
corruptores.
·
Chagas
inflamadas, umas e outras não espremidas; isso lembra o furúnculo, que enquanto não é
espremido não sara. Assim é todo o pecado não confesso. Apodrece por dentro.
Dói quando toca, infecciona por dentro. Só há um meio de sarar, sofrer as dores
ao espremê-lo. Confessar mesmo que cause danos, o importante é o perdão e a
aceitação do Senhor.
O
coração do povo estava endurecido, cauterizado, insensível à voz de Deus,
haviam se afastado de Deus (v.4) e consequentemente do Espírito Santo, a única
pessoa capaz de produzir em nós o arrependimento. Arrependimento sem Deus e sem
o seu Espírito não é arrependimento, é remorso.
·
Arrependimento produz choro; remorso
produz desespero;
·
Arrependimento gera desejo de
reconciliação; remorso gera desejo de morte;
·
Arrependimento nos leva a buscar o
perdão de Deus; remorso nos faz fugir do SENHOR.
É
somente uma ação renovadora do Espírito Santo no coração do pecador que nos
leva ao arrependimento verdadeiro, diante da situação da pecaminosidade de
Judá, Deus promete derramar o seu Espírito. Talvez sabendo disso foi que Jesus disse
que;
“Quando ele vier, convencerá o
mundo do pecado...” (Jo 16.8)
É
este Espírito que Deus promete sobre o seu povo, no desejo de reconciliá-lo
consigo concedendo-lhe perdão como resultado do seu arrependimento;
“E sobre a casa de Davi, e sobre os
habitantes de Jerusalém derramarei o
Espírito da graça e de súplicas; olharão para aqueles a quem traspassaram;
pranteá-lo-ão como quem pranteia por um unigênito e chorarão por ele como se
chora amargamente pelo primogênito.” (Zc 12.10)
Após
o derramamento do Espírito, os seus filhos se darão conta dos erros cometidos.
É disso que precisamos, do poder restaurador do Espírito nas nossas vidas com o
fim de estarmos sempre sensíveis à voz de Deus e alertas contra o pecado. Com o
Espírito nas nossas vidas seremos sempre bem aventurados porque choraremos por
nossos pecados. Os que choram desesperadamente por seus pecados e por sua
indignidade recebem de Deus o perdão e o consolo do Espírito.
·
Não
um choro carnal como o de Amnon que chorou de tristeza
até possuir sua própria irmã, e depois desprezá-la (2 Sm 13.2)
·
Não
como o arrependimento de faraó que se arrependeu do
seu arrependimento, fazendo o bem libertando o povo (Êx 14.15)
·
Não
um choro como o de Judas Iscariotes que reconheceu o seu
pecado e se entristeceu; confessou e se justificou pelo que fizera a Cristo
afirmando que havia traído sangue inocente; fez restituição do pecado, mas está
no inferno.
·
Não
um choro pelo castigo do pecado, como o caso de Caim
que matou o seu irmão, mas, temeu o castigo sem, contudo se arrepender do crime
cometido; “é tamanho o meu castigo, que
já não posso suportá-lo” (Gn 4.13). Seu castigo lhe afligiu mais do que o
seu pecado.
É
um choro gerado pelo genuíno arrependimento produzido pelo derramar abundante
do Espírito Santo em nós. Como o choro de Pedro após negar a Jesus. Como o da
mulher que lavou os pés de Jesus. Como o do publicano da parábola que saiu
justificado do seu pecado por reconhecer-se como pior dos pecadores.
Ah!
Amados, que o Espírito da graça e de súplicas venha sobre nós e quebrante o
nosso coração nesta ocasião para que sejamos moldados e tenhamos o coração
quebrantado diante do SENHOR em constante arrependimento.
3. O PODER DO ESPÍRITO SANTO NOS
RESTAURA DO PECADO;Ez 13.1; 36.25
Como
já foi enfatizado, o tema central de Isaias é a salvação do SENHOR. Para que
haja salvação tem que haver arrependimento e perdão. Uma vez que; “as vossas iniquidades fazem separação entre
vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que
não vos ouça” (Is 59.2), é o desejo de Deus que os seus filhos sejam limpos
de qualquer mancha que ofusque a sua imagem na vida do homem. Com esse desejo
foi que o SENHOR exortou o povo dizendo;
“Lavai-vos, purificai-vos, tirai a
maldade de vossos atos... cessai de fazer o mal”. (1.16)
Somente
pelo derramar do Espírito é que seremos de fato, lavados e purificados de toda
sujeira causada pelo pecado.
Não importa quão grande, horrível e degradante tenha sido o pecado cometido; o Espírito será derramado em abundancia; o
suficiente para que os nossos pecados se tornem brancos como a neve e como a lã
(1.18).
O texto diz que será derramado do
Espírito lá do alto. Imagine uma grande caixa d’agua, quanto
mais alta e cheia ela é, maior é a pressão da agua. Assim é o poder restaurador
do Espírito Santo, que vem do alto do trono de Deus como um rio, uma chuva que
nos purificará de todos os nossos pecados;
“Naquele dia, haverá uma fonte aberta para a casa de Davi e para
os habitantes de Jerusalém, para remover
o pecado e a impureza.” (Ez 13.1)
“Então, aspergirei água pura sobre vós, e ficareis purificados; de todas as vossas imundícias e de todos os
vossos ídolos vos purificarei.” (Ez 36.25).
Que
venha sobre nós o Espírito lá do alto e inunde todo o nosso ser, retirando toda
mancha do pecado, nos purificando de toda má consciência e nos deixando limpos
e santos como é santo o nosso Deus; que o Santo Espírito seja derramado sobre
nós até que não haja mais pecado que nos separe de Deus e nem iniquidades que
impeça o SENHOR de nos ouvir. Que o poder do Espírito de Deus nos restaure dos
nossos pecados.
4. O PODER DO ESPÍRITO SANTO NOS
RESTAURA DA MORTE PARA A VIDA; Ez 37.9,10 e 14
O
apóstolo Paulo nos deixa claro que quando vivíamos no curso deste mundo
estávamos mortos, até que “Ele [Jesus]
vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados [...] e estando
nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo”. (Ef
2.1,5). Era esta a mesma situação da nação judaica quando se afastava da fonte
de vida, o próprio Deus. Isso é refletido na visão de Ezequiel do vale de ossos
secos (Ez 37). É sabido de todo cristão, que o salário do pecado é a morte. O
pecado é tratado nessa verdade como sendo um patrão severo; ele escraviza,
oprime a vida dos seus servos e como pagamento, a morte.
Mas
há uma esperança para o povo de Deus, para que este seja liberto da morte,
precisa primeiro ser restaurado do seu pecado, como resultado disso, a própria
vida passa a abundar na vida daquele que foi justificado por Deus. E nesse
processo de restauração, o Espírito Santo tem um papel importante. Observe o
que nos diz o texto de Ezequiel;
“Então, ele me disse: profetiza ao
espírito, profetiza, ó filho do homem, e dize-lhe: Assim diz o SENHOR Deus: vem
dos quatro ventos, ó espírito, e assopra
sobre estes mortos, para que vivam. Profetizei como ele me ordenara, e o espirito entrou neles, e viveram e se
puseram em pé, um exército sobremodo numeroso” (37.9,10).
Talvez
você como bom crítico, deve está questionando; “mas nesse texto não há nenhuma
referência quanto ao Espirito Santo, e sim ao espirito de vida humano”. É
verdade, mas como sabemos, esse texto é o relato de uma experiência vivida pelo
profeta Ezequiel que em espirito foi levado ao vale de ossos secos, que de
acordo com o Senhor, “...são toda a casa
de Israel”(Ez 37.11).
Depois
de fazer tudo de acordo com o que Deus lhe ordenara, o Senhor fala com ele, lhe
explicando quem eram aqueles ossos e lhe ordena no verso 14; “Porei em vós o meu Espírito, e vivereis...”.
Ele
é também o Espírito de vida. É promessa do Senhor aos que estão mortos nos
delitos e pecados, talvez já com a esperança inexistente e dentro da sepultura;
“Assim diz o SENHOR Deus: Eis que abrirei
a vossa sepultura, e vos farei sair dela, ó povo meu. Porei em vós o meu
Espírito, e vivereis...” (Ez 37.12,14).
Hoje
o Senhor quer derramar seu Espírito de vida sobre nós, ressuscitar sonhos;
levantar o caído; revigorar o abatido e dar vida aos que estão mortos. Vida
abundante, superlativa. Vida espiritual completa e acesso à vida eterna. Seja
você um recipiente para receber esse derramar do Espírito e tenha vida.
5. O PODER DO ESPÍRITO SANTO
RESTAURA O NOSSO CORAÇÃO; Ez 36.26.
Talvez,
tal como o povo de Judá você se encontre insensível, sem percepção da gravidade
em que vives a tua vida espiritual. Como sepulcros calhados, aparentemente bem,
mas por dentro não tem vida. Já está com a mente cauterizada e o coração
calejado. Você até pode estar concordando com esta mensagem, mas não tem ânimo
para buscar restauração, o coração está endurecido. Talvez a vida de pecado tem
feito você desistir de levar uma vida santa, uma vida reta nos caminhos do
Senhor.
Há
esperança, há solução para o seu caso. O derramar do Espírito envolve também
uma restauração do coração. Veja o que nos diz o profeta Jeremias;
“Dar-vos-ei coração novo e porei dentro de vós espirito novo; tirarei de
vos o coração de pedra e vos darei coração de carne. Porei dentro de vós o meu Espírito e farei com que andeis nos meus
estatutos, guardeis os meus juízos e os observeis.”
(Jr 31.33,34).
Somente
o Espírito Santo é quem pode nos ajudar nesse mundo vil;
·
É ele quem nos ajuda nas nossas
fraquezas.
·
É ele quem nos ensina todas as coisas e
nos lembra do que Jesus ensinou.
·
É ele quem testifica com o nosso
espírito que somos filhos de Deus.
Estando
debaixo desse derramamento do Espírito, teremos um coração apto a obedecer,
disposto a trilhar nos caminhos da justiça, e diferente dos homens
antediluvianos que “era mau todo desígnio
do seu coração” (Gn 6.5), o Espírito nos fará andar nos estatutos do Senhor
e guardar os seus juízos. Ele
inundará o nosso coração com a justiça divina e como rio nos conduzirá às
fontes da vida.
“Quem
crê em mim, como diz a Escritura, do seu interior correrão rios de água viva”
(Jo 7.38).
Água viva é agua corrente, que leva para longe, que
renova sempre. Assim será o derramar e o fluir do Espírito no nosso coração.
Limpará toda impureza e levará para longe toda sujeira, sentimento ruim, maus
desígnios e maquinações carnais. Um novo coração de onde correm rios de agua
viva, o Espírito Santo de Deus;
“Isto ele
disse com respeito ao Espírito que haviam de receber os que nele cressem, pois
o Espírito até aquele momento não fora dado...” (Jo 7.39)
6. O PODER DO ESPÍRITO SANTO
RESTAURA A NOSSA COMUNHÃO COM DEUS; Ez 39.39.
Os
nossos pecados criam barreiras que nos separam de Deus como diz Isaías 59.2,
nos deixam distantes da graça divina e impossibilitados de termos a atenção de
Deus, veja Isaias 1.15;
“Pelo que, quando estendeis as
mãos, escondo de vós os olhos; sim, quando multiplicais as vossas orações, não
as ouço, não as ouço, porque as vossas mãos estão cheias de sangue”.
Muitos
se encontram assim;
·
Vêm à igreja, mas não a Deus;
·
São membros da igreja, mas não são
cidadãos do céu;
·
Vêm ao culto, mas não cultuam;
·
Cantam, mas não adoram;
·
São crentes, mas não são cristãos;
salvos;
·
São filhos de crentes, mas não são
filhos de Deus;
·
Confessam os seus pecados, mas não os
abandona;
·
Ouve a Palavra, mas não guarda, não
vive;
·
Oram, suplicam e gritam, mas não são
ouvidos;
Há
uma barreira queridos. Há algo que está te separando de Deus. A ausência das
tuas lágrimas, da sensibilidade de tua alma pode ser sede de Deus, falta do
fluir do Espírito sobre a sua vida. Por meio do Espírito é que temos comunhão
com o Senhor, pois é ele que diante de Deus intercede por nós com palavras que
não se podem explicar (Rm 8.26).
Saiba
que o derramar do Espírito envolve volta ao Senhor, barreira quebrada, véu
rasgado e comunhão restaurada. Veja o que nos diz Ez 39.29;
“Já não esconderei deles o rosto,
pois derramarei o meu Espírito sobre
a casa de Israel, diz o SENHOR Deus.”
Um
dia o SENHOR irá habitar entre os homens e ser conhecido por eles como sendo o
seu Deus, e eles sendo o seu povo. Comunhão plena, relacionamento restaurado.
Aquele relacionamento perdido no Éden, que mais tarde no capítulo seis de
Gênesis é a razão de Deus decidir que o seu Espírito não agiria para sempre no
homem, um dia será restaurado. Voltará a ser como no Paraíso perdido, o Senhor
não mais esconderá o seu rosto e nem encolherá a sua mão para não abençoá-los
mais. Pelo contrário, Deus habitará com eles.
E
essa comunhão com Deus já foi iniciada, o Espírito Santo que nos convence do
pecado, nos leva ao arrependimento e restaura a nossa vida é o mesmo Espírito
que restaura a nossa comunhão com Deus. Trazendo consigo renovação espiritual
fazendo com que “o deserto se torne em
campo fértil, e o campo fértil seja tido por bosque”.
CONCLUSÃO:
Hoje
é o dia oportuno de você ser envolvido por este derramar. Ser inundado por esta
chuva prometida por Deus, desejada por Moisés, proclamada pelos dos profetas, e
vivida pelos apóstolos e os irmãos reunidos no cenáculo onde todos os que lá
estavam foram simplesmente cheios.
Hoje
o deserto chega ao fim, é dia de chuva de bênçãos; de ser derramada sobre nós a
promessa do Senhor;
“A areia esbraseada se transformará em lagos,
e a terra sedenta, em mananciais de águas;” (Is 35.7)
“O que escapou da casa de Judá e
ficou de resto tornará a lançar raízes para baixo e dará fruto por cima.” (Is
37.31)
“Os aflitos e necessitados buscam
águas, e não as há, e a sua língua se seca de sede; mas eu, o SENHOR, os
ouvirei, eu, o Deus de Israel, não os desampararei. Abrirei rios nos altos
desnudos e fontes nos meios dos vales; tornarei o deserto em açudes de águas e
a terra seca, em mananciais.” (Is 41.17,18)
O
profeta Isaias é o profeta da restauração do Espírito, da salvação do SENHOR.
Suas palavras são atuais, são para nós, filhos e povo de Deus. Hoje somos
herdeiros das mesmas promessas feitas aos patriarcas de Israel, somos
coerdeiros com Cristo, portanto, esse derramar, esse poder restaurador sobre o
deserto e terra seca pode ser vivenciado hoje por nós. Se o buscarmos de coração
sincero e sedento do Espírito do alto, seremos verdadeiramente cheios e
restaurados para a glória de Deus pai. AMÉM!
Pr.
Járber Sousa
29 de novembro de 2013, às 23:50
Ministrado na AD-Aeroporto,
Teresina,PI em 30/11/13
Ministrado na AD-Presidente Dutra
em 23/03/2014
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEXCELENTE ESTUDO
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