Ev. Járber Sousa
INTRODUÇÃO
Joel profetizou numa época de grande devastação de toda a
terra de Judá. Uma enorme praga de locustas destruiu as pastagens tanto das
ovelhas como do gado, até mesmo tirou a casca das árvores de figo. Em apenas
algumas horas, o que tinha sido um terra bonita, verdejante, havia se tornado
um lugar de desolação e destruição. Toda a safra foi perdida, e as sementes da
safra para o plantio seguinte também foram destruídas. A fome e a seca se
apoderaram de toda a terra. Tanto o povo como os animais estavam morrendo.
Ela foi tão profunda e desastrosa, que Joel viu uma
explicação: era o julgamento de Deus.
Judá se recuperava do perverso reinado de Atalia, filha de
acabe com Jezabel. Essa reforma ocorreu sob a liderança do velho sumo sacerdote
Joiada, que contribuiu para a morte da perversa rainha e fez com que Joás,
assumisse o trono aos 7 anos de idade. (2 Rs 11.4)
O período de adoração a Baal tinha terminado com a
purificação em 835. Todavia, após aquela purificação, a verdadeira santidade
não se tornou característica repentina dos judeus, e sim, passou a prevalecer
um espírito de indiferença, e o próprio templo não tinha sido restaurado;
“Sucedeu, porém,
que, no ano vigésimo terceiro do rei Joás, os sacerdotes ainda não tinham
reparado os estragos da casa.” (2
Rs 12.6)
É bem possível que essas falhas tenham sido o motivo do
julgamento do SENHOR.
O livro de Joel está
dividido em duas partes;
·
O julgamento divino por meios das
pragas dos gafanhotos e o Dia do Senhor – 1.1-2.17
·
A restauração do povo de Deus como
resultado do seu arrependimento – 2.18-3.21
A severidade do
julgamento divino é intensificado por sua destruição dos meios pelos quais seu
povo teria acesso a Ele;
·
O vinho – 1.5,6
·
A oferta de manjares e a libação –
1.9
·
Os frutos da terra – 1.10,11
·
Os animais do campo – 1.18
O ponto de transição entre as duas partes é o verso 18, onde
o senhor responde aos apelos penitentes do seu povo e lhes concede livramento;
“Então, o SENHOR se mostrou zeloso da sua terra,
compadeceu-se do seu povo”
Joel faz uma convocação, chama à atenção dos velhos, dos
filhos destes e das gerações futuras, dos ébrios, dos lavradores, vinhateiros e
até dos sacerdotes, ministros do louvor “passai
a noite vestidos de panos de saco; porque da casa de vosso Deus foi cortada a
oferta de manjares e a libação.”
a.
“Promulgai um santo
jejum, convocai uma assembleia solene, congregai os anciãos e todos os
moradores desta terra para a Casa do Senhor, vosso Deus, e clamais ao SENHOR.” (Joel 1.14; 2.15,16)
b.
“Convertei-vos a
mim de todo o vosso coração.” (Joel 2:12)
c.
“Rasgai o vosso
coração.” (Joel 2:13), no sentido de quebrantar o
coração ou ser humilde.
d.
“Convertei-vos ao
Senhor vosso Deus.” (Joel 2:13)
e.
“Santificai a congregação.” (Joel 2:16)
ANTES
DO FIM, UMA PROMESSA – 2.28
“E acontecerá, depois, que derramarei o meu Espírito sobre toda
a carne...”
“Depois”, do retorno à santidade, da comunhão com Deus e à
adoração verdadeira, enfim, o Espírito não será mais um privilégio de poucos e
desejo de muitos, mas, uma possibilidade à todos.
Esta
profecia dos vv. 28,29 prenuncia o cumprimento do antigo anseio de Moisés;
“Tomara todo o povo fosse profeta, que o
Senhor lhes desse o seu Espírito.” (Nm 11.29)
No AT o
Espírito santo vinha sobre medida sobre a vida de indivíduos a fim de
equipá-los para serviços especiais;
·
José do egito
foi capacitado pelo Espírito para agir de modo eficaz na casa de Faraó – Gn
41.38
“Acharíamos, porventura, home como este,
em quem há o espírito de Deus?”
·
Bezalel e Aoliabe, com a capacitação do Espírito para fazerem o trabalho artístico para
a construção do Tabernáculo e ensinarem a outros – Êx 31.1-11
“Eis que eu tenho chamado por nome a
Bezalel, o filho de Uri, filho de Hur, da tribo de Judá, E o enchi do Espírito
de Deus, de sabedoria, e de entendimento, e de ciência, em todo o lavor”
·
Os 70 anciãos,
receberam do Espírito que atuava em Moisés – Nm 11.16,17
“Então o SENHOR desceu na nuvem, e lhe falou; e, tirando
do espírito, que estava sobre ele, o pôs sobre aqueles setenta anciãos; e
aconteceu que, quando o espírito repousou sobre eles, profetizaram; mas depois
nunca mais. Porém no arraial ficaram dois homens; o nome de um era Eldade, e do
outro Medade; e repousou sobre eles o espírito (porquanto estavam entre os
inscritos, ainda que não saíram à tenda), e profetizavam no arraial.”
·
Josué, ao
assumir o posto de Moisés o Espírito estava sobre ele – Nm 27.18
“Então disse o SENHOR a Moisés: Toma a Josué, filho de
Num, homem em quem há o Espírito, e impõe a tua mão sobre ele.”
·
Otniel; “E veio sobre ele
o Espírito do SENHOR, e julgou a Israel, e saiu à peleja; e o SENHOR entregou
na sua mão a Cusã-Risataim, rei da Síria; contra o qual prevaleceu a sua mão.”
·
Gideão foi
capacitado pelo Espírito para servir ao povo – Jz 6.34
“Então o Espírito do SENHOR revestiu a Gideão, o qual
tocou a buzina, e os abiezritas se ajuntaram após ele.”
·
Sansão, com
o poder do Espírito, com uma queixada feriu mil homens – Jz 15.14-15
“E, vindo ele a Leí, os filisteus lhe saíram ao encontro,
jubilando; porém o Espírito do SENHOR poderosamente se apossou dele, e as
cordas que ele tinha nos braços se tornaram como fios de linho que se queimaram
no fogo, e as suas amarraduras se desfizeram das suas mãos.”
MALES QUE AFETAM O NOSSO TEMPO – II
Tm 3.1-5 (Apenas um
exemplo)
a.
Tempos difíceis – precisamos de pessoas que saibam
fugir dessas coisas
b. Apostasia – precisamos
de pessoas comprometidas com a verdade
ANTES QUE VENHA
O FIM, QUAL A VONTADE DE DEUS PARA O SEU POVO
1. QUE OS FILHOS PROFETIZEM
Na comunidade judaica os filhos eram treinados ou para a
guerra ou, caso fossem da tribo de Levi, serem educados para o sacerdócio numa
escola de profetas sem, contudo ter a permissão para profetizar a não ser por
determinação divina. Os filhos eram excluídos do ministério prático da profecia
ou transmissão da Torá.
Porém, antes que aconteça o fim, o derramamento pleno do
espírito alcançaria também os filhos, que, ousadamente seriam também
capacitados pelo mesmo Espírito para a obra do Senhor. O ministério da Palavra,
o ensino da mesma e a comissão do Ide, não se limita ao corpo eclesiástico da
igreja, aos mestres da EBD ou aos conhecidos pregadores, mas, a todos quantos
pela Verdade foram libertos, essa mesma liberdade devem transmitir a outros com
o fim de que todos cheguem ao pleno conhecimento da verdade e sejam
participantes do mesmo Espírito.
Esta é a vontade de Deus para os filhos, que têm compromisso
com Ele. Que almejam viver na direção do Espírito, sendo conduzidos nos
caminhos da santidade.
2. QUE OS VELHOS SONHEM
A história do Deus de Israel era transmitida de pai para
filho, e até às gerações futuras por estatuto perpétuo, isso faria com que
todos tomassem conhecimento dos feitos do Senhor para com o seu povo. No
entanto, isso faria com que, também, os velhos ao conhecer bem a história do
seu povo, sabiam dos fracassos e deslizes da nação. Das muitas vezes que o povo
abandonou os estatutos do SENHOR e de certa forma, devido à tenra idade, muitos não sonhavam
mais, não tinham mais expectativas, sonhos vívidos de uma restauração enquanto
estivessem vivos. Eram velhos desanimados, saudosos dos tempos de conquistas e
reavivamento, agora, vítimas de uma terrível calamidade e sujeitos a um maior
juízo.
Porém, o derramamento do Espírito revitaliza estes velhos,
revigora o ânimo, renova as expectativas e os fazem rejuvenescer na fé. Voltar
a sonhar é o que muitos precisam. Aprender a acreditar que é possível reverter
uma situação caótica. Estar convicto de que tempos melhores estão por vir.
Esperançosos no agir de Deus que mudará a nossa história.
Assim como o velho Paulo depositava suas expectativas no
jovem Timóteo, é o desejo do meu coração que os mais experientes acreditem que
somos filhos de Deus, chamados por Ele para ajuda-los a conquistar as mais
gloriosas vitórias reservadas por Deus. Com os seus sonhos e expectativas,
juntem-se ás nossas forças e visões de um futuro glorioso na plenitude do
Espírito Santo.
3. QUE OS JOVENS TENHAM VISÕES
Muitos jovens por serem jovens não eram dignos de
credibilidade. Um exemplo claro é Davi quando na batalha com Golias. Porém,
maior que o medo do fracasso de um jovem, é o poder de Deus na vida de um
deles. Usados pelo Espírito Santo para uma tarefa em favor da causa do senhor.
Da mesma sorte Timóteo, prestes a assumir o cajado de Paulo, pelo que é
admoestado; “ninguém despreze a tua
mocidade”.
Talvez, por
terem sido rejeitados, excluídos, deixados de lado, muitos jovens não sonham
mais. Não prosperam nas suas expectativas. Não acreditam mais numa renovação
espiritual. Se julgam incapazes de serem capacitados pelo Espírito para fazerem
a obra do Senhor.
Hei, jovem, Deus te convoca hoje para uma grande renovação. O
derramamento do Espírito é também para você. Ouse sonhar, volte a sorrir, Deus
quer e vai te usar. Os teus sonhos e visões serão canais de Deus para mudar a
história da nossa geração.
4.
QUE TODOS SEJAM SALVOS
O derramamento não se restringe a quatro paredes. Não envolve
apenas os salvos, mas, a todos quantos invocarem o nome do Senhor, por meio do
Espírito serão salvos. Aproveita hoje a oportunidade e seja cheio do Espírito
para tomar posse das promessas de Deus para a sua vida.
CONCLUSÃO
O capítulo 3 é o relato da última batalha da história. A
maior e mais terrível guerra de todos os tempos desde que há humanidade. A batalha
do Armagedom, o dia da Decisão em que todas as nações serão julgadas pelos
crimes que cometeram ao povo do Senhor. A maior carnificina de todos os tempos
excederão ao massacre causado por Hitler que dizimou mais de 6 milhões de
Judeus. O dia em que todos os povos verão o Rei dos reis e Senhor dos senhores
com uma espada afiada que sai de sua boca para julgar os povos;
“Multidões,
multidões no vale da Decisão! Porque o Dia do Senhor está perto, no vale da
Decisão. O Sol e a lua se escurecem, e as estrelas retiram o seu esplendor.” (Joel 3.14,15)
Mas, antes que chegue o grande terrível dia do Senhor,
naqueles dias diz o SENHOR; “Derramarei o meu Espírito sobre toda a carne...”
Vem sobre nós, ó Espírito Santo de Deus!
Ev.
Járber Sousa
AD–Presidente
Dutra-MA
20
de maio de 2013
Culto
de Doutrina
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