segunda-feira, 14 de abril de 2014

NÃO SOMOS MAIS DEVEDORES, CRISTO PAGOU O NOSSO DÉBITO; Cl 2.8-15




“E a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões e pela incircuncisão da vossa carne, vos deu vida, juntamente com ele, perdoando todos os nossos delitos; tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz” (vv.13,14).
INTRODUÇÃO
A redenção é vista nas Escrituras de várias formas, em quase todas elas o elemento jurídico está presente:
·         Na vara criminal nós somos acusados e por isso, somos punidos com a morte;
·         Na esfera familiar, somos adotados na família de Deus;
·         Na esfera comercial, fomos comprados pelo sangue de Cristo;
·         Na esfera judicial, fomos justificados;
Existem coisas que Deus faz em nós. Coisas que ele opera dentro de nós:
·         Quando nos regenera, coloca vida dentro de nós ele nos vivifica;
·         Quando nos santifica, nos purifica, ele nos lava, nos desentope de toda mancha;
Existem coisas que Deus faz por nós, ou no lugar de nós. Deus só faz em nós, depois que primeiro ele faz por nós. Um exemplo é esse escrito de dívida que foi cancelado. Foi feito no tribunal divino, fora de nós e por nós, e é sobre isso que queremos meditar.
A melhor maneira de compreendermos este assunto é voltarmos no tempo e lembrar o tempo da venda, quitanda ou barraca em que comprávamos fiado e a conta era colocada na caderneta. A palavra grega para escrito é “hierografon” que é um escrito de débito escrito pela própria mão. Paulo dá-nos a ideia de que todos os nossos delitos são colocados dia a dia na caderneta de Deus, fazendo dele o nosso credor.
Outra coisa relevante é que este escrito de dívida é assinado por nossas próprias mãos, nós nos responsabilizamos a pagar o valor total em uma determinada data. Esse escrito é o equivalente a nossa nota promissória hoje. Nós nos endividamos e ainda nos responsabilizamos a pagar com a nossa assinatura.
Essa verdade é ensinada por Paulo na carta a Filemon quando ele envia Onésimo, um escravo fugitivo ao seu senhor, agora convertido e se compromete a pagar qualquer dívida daquele escravo dizendo; “se algum dano te fez ou se te deve alguma coisa, lança tudo em minha conta. Eu, Paulo, de próprio punho, o escrevo: Eu pagarei.” (Fl 18,19).
Hoje nós vamos aprender que a nossa conta, a nota promissória que constava os nossos débitos, Jesus falou, eu pagarei. Ele assinou em baixo que a dívida é dele. É por isso que a salvação é oferecida gratuitamente, mas ela custa caro. Nós não pagamos, mas Deus recebe.
1. QUAL O CONTEÚDO E O VOLUME DA NOTA PROMISSÓRIA?
O conteúdo constava de ordenanças. A terminologia grega para ordenanças equivale a dogma, decreto, mandamentos. Diz respeito às leis múltiplas de Deus que estão sumariadas nos dez mandamentos, este é o volume da nota. A lei não se restringe ao decálogo, ela continha muitas regras de natureza cerimonial, com referencias a jejum, festas, comidas, ofertas, etc. Tá lá escrito, você é transgressor disto e disto. Ela nos mostra que somos infratores. Só podemos entender a grande salvação se entendermos quão grande é o nosso débito. A nossa conta era impagável.
O escrito era contra nós e nos era prejudicial. Na compra fiado, se nós não pagássemos no mês proposto, no mês seguinte não poderíamos comprar. A lei é boa. Deus estabeleceu a lei para que houvesse ordem não somente dentro de nós, mas também fora de nós. Esta lei que é justa, santa e boa (Rm 7.12). Foi dada para nos dar vida se tornou em morte, ameaça de morte para nós. Ela nos acusa porque somos maus, somos transgressores, por isso não podemos nos fiar à lei porque ela é contra nós.
A diferença é que na lei dos homens é possível você ser um transgressor de alguma parte dela. Mas na lei de Deus, se você tropeça em um, você se torna transgressor de toda a lei. Para agradar a Deus é necessário que o cumprimento seja perfeito. Logo, essa lei que nos foi dada não nos ajuda pelo fato de não a podermos cumprir e por causa disso, ela se torna nossa inimiga.
James Boice diz assim; visto que somos violadores da lei, a lei é nossa inimiga e permanece em oposição a nós. A lista das leis de Deus é também uma lista de nossos pecados e cada uma das ordenanças de Deus é outro lembrete de que temos pecado contra um Deus santo, assim, é uma nota promissória assinada manualmente que a Bíblia tem em mente quando fala do escrito de dívida. Ela é um registro do débito infinito que devemos a Deus porque temos quebrado a sua lei.
Essa situação não deve ser motivo para irmos contra a lei de Deus. Devemos brigar conosco mesmos, pois nós é que somos transgressores. Paulo enfrentou esse dilema quando não compreendeu a razão pela qual não conseguia fazer o bem, mas o mau que não queria (Rm 7.15-25).
2. O NOSSO DÉBITO FOI CANCELADO
Quem cancela é o próprio Deus, o justo juiz que cancelou e perdoou a nossa dívida. Já mencionamos que a salvação é de graça. Na verdade ela custou muito, mas muito caro. Ela é de graça porque nós não pagamos. A nossa redenção é na verdade tamanha que homem nenhum pode pagá-la.
Nós não devemos confundir perdão com anistia.  Anistia é ignorar penalidade. Deus não ignora penalidade. Deus perdoa penalidade, e perdoa porque alguém paga.
Quando nós pecamos ou ofendemos alguém, nós colocamos esta pessoa na posição de ter que nos perdoar, mesmo que não façamos nada para termos o perdão. A pessoa tem o dever de nos perdoar. E perdoar é exatamente isto, assumir a dívida, o prejuízo.
Não vamos nos confundir achando que por Deus ser bom, ele enviaria tudo de graça. Não! A GRAÇA FOI ELE ENVIAR O PAGADOR PARA ACERTAR A NOSSA CONTA. Deus não poderia deixar de cobrar a nossa dívida, a nossa nota promissória porque ele estaria negando a si próprio. Um Deus santo tem que ser justo, e sendo justo está na obrigação dele próprio aplicar a penalidade.
Deus resolveu cancelar o juízo sobre nós, e a maneira que ele encontrou foi o de lançar este juízo sobre outra pessoa, Jesus Cristo (Is 53). Ele mandou uma pessoa de si mesmo para ajustar essa conta. Isto é o Evangelho!
3. O NOSSO DÉBITO FOI REMOVIDO INTEIRAMENTE
Em outra palavra, esta nota foi retirada da mão do credor. Jesus o Filho pagador da conta agiu assim; dá aqui Pai essa nota, eu paguei e o Senhor não pode mais punir ninguém por causa dessa nota. É claro que esta forma que usei é apenas para você entender esse ato de amor, Jesus não falou assim desaforadamente. Esta nota não está mais na mão de Deus fazendo-o lembrar de que somos devedores da pena, ele nos perdoou.
Mesmo ele tendo nos perdoado um dia nós vamos morrer:
·         Mas esta morte não é mais como um salário do pecado, como uma punição.
·         A morte que vamos morrer não é mais uma inimiga nossa.
·         Não é mais um castigo por causa dos nossos pecados.
·         A morte que vamos morrer não é mais uma dívida que temos que pagar, Cristo morreu e pagou por nós.
Nesse caso, a morte será uma amiga nossa que nos levará ao seio do Pai para um lugar de paz, sem dor nem lágrimas. A morte não será mais o fim, mas o início de uma vida eterna e perfeita com o Senhor.
4. O PARADEIRO DA NOTA PROMISSÓRIA;
Quando os romanos crucificavam o criminoso eles listavam seu crime num pedaço de papel e o pregavam na sua cruz como o seu certificado de morte. Cristo removeu o certificado manuscrito de nossa dívida e o pregou na cruz quando ele perdoou todos os nossos pecados.
O texto diz que Jesus encravou na cruz. É na cruz que a conta é paga. É como se estivesse umas notas anexadas na cruz e você olhar para ela e dizer; aquela conta era minha.
Sempre ouvimos e falamos que Deus não se lembra dos nossos pecados. O que significa que Deus se esqueceu dos nossos pecados? Não é que ele apaga da sua memória. Ele olha para nós e sabe de todos os nossos pecados. E nós também sempre nos lembramos do que nós fomos um dia. A questão é que Deus não joga nada na nossa cara, não levanta nenhuma acusação contra nós porque a conta já foi paga.
Veja só como Deus não se esquece dos nossos pecados como nós pensamos;
·         Quando Cristo ressuscitou, apareceu com as marcas dos cravos nas mãos e do corte da lança no seu lado (Jo 20.20,27).
·         Em Apocalipse quando João faz a sua dedicatória às sete igrejas da Ásia, ele se apresenta como sendo da “parte de Jesus Cristo [...] àquele que nos ama, e, pelo seu sangue nos libertou dos nossos pecados” (Ap 1.4-6).
·         Ainda na visão de Jesus glorificado quando João cai diante dele como morto, ouve a voz que dizia assim: “Não temas; eu sou o primeiro e o último, estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos e tenho as chaves da morte e do inferno.” (Ap 1.17,18).
·         Na celebração da última ceia com os discípulos Jesus disse assim; “e digo-vos que, desta hora em diante, não beberei deste fruto da videira, até aquele dia em que o hei de beber, novo, convosco no reino de meu Pai” (Mt 26.29). A santa ceia que vamos participar lá na glória celestial é uma amostra clara de que Deus não se esquece do que fizemos e nem nós podemos nos esquecer. Porque se os pecados fossem apagados da nossa mente não faria sentido o que Cristo fez por nós no passado. Então, o que Deus vai fazer é que nos lembremos a cada dia o que nós fizemos aqui, sem dor, sem mágoa, mas felizes porque será a lembrança de um débito quitado por Jesus.
·         E lá no céu quando nos lembrarmos do que éramos e do que ele fez por nós, vamos cantar;
“Digno és de tomar o livro e de abrir-lhe os selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação.” E as miríades celestiais vão confirmar dizendo: “Digno é o cordeiro que foi morto de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força...” (Ap 5.9-12).
·         Quando João teve a visão dos glorificados com vestiduras brancas diante do Cordeiro elas cantavam: “Ao nosso Deus, que se assenta no trono, e ao Cordeiro pertence a salvação.” E novamente, todos os anjos em volta do trono com os anciãos com os quatro seres viventes concordaram dizendo: Amém! O louvor, e a glória, e a sabedoria, e as ações de graças sejam ao nosso Deus pelos séculos dos séculos. Amém!”(Ap 7.10-12).
Deus não se esquece dos nossos delitos como pensamos. Ele lembra que eles foram assumidos por seu Filho na cruz. Quando falamos que Deus se esquece dos nossos pecados estamos dizendo que ele não lança mais em nossa conta a pena que deveríamos pagar.
CONCLUSÃO
“E a vós outros que estáveis mortos pelas vossas transgressões, vos deu vida com ele, perdoando todos os nossos delitos.”
Trocando em miúdos esse texto, nós não devemos mais nada. E como é bom não devermos mais, isto nos trás tranquilidade, descanso para a nossa alma. O pagamento dessa dívida produz satisfação. Quando o Filho disse; Pai, está consumado, O Pai ficou satisfeito.
Pr. Járber Sousa
Ministrado na AD em Presidente Dutra-MA
Em 13 de abril de 14

segunda-feira, 31 de março de 2014

ESTOU DE LUTO, POIS CAIU UM GIGANTE EM JERUSALÉM!




“Como caíram os valentes no meio da peleja, e pereceram as armas de guerra!” (2 Sm 25,27).
A cidade de Jerusalém já não era mais a mesma, lamenta Davi pela morte de um grande gigante, seu amigo Jônatas. Tal como Davi, lamento eu a partida de um gigante da Palavra, de um obreiro que não tinha do que se envergonhar e que acima de tudo, maneja bem a Palavra da verdade. Tal como Jerusalém, a igreja brasileira chora a morte do gingante na fé, Pastor JEFERSON CAMPANELLI – RS. Faleceu hoje após vários meses internado vítima de uma infecção pulmonar que acabou se generalizando. Aprove ao SENHOR toma-lo para si.
Foi-se um gigante de Deus, mas ficam aqui, frutos do seu ministério. Raízes lançadas pela boa semente lançada de sua boca, boca de profeta que sempre fez bom uso do tempo lhe concedido para falar a Palavra de Deus.
 Meu coração ainda se regozija por uma das suas mais nobres e edificantes mensagem; “Polegares Cortados”. Louvo ao Senhor por ter lhe ouvido via internet, ministrar esse sermão na Assembleia de Deus em Bacabal. O impacto na minha vida foi tamanho, que não hesitei em digitar sua mensagem, e acrescentar o que Deus colocava em meu coração. Tive a oportunidade de questioná-lo se tinha tal esboço escrito ou publicado, sua resposta foi um NÃO. Com a resposta, fui ousado perguntando-lhe se podia publicar sua mensagem e ainda lanças num futuro projeto gráfica, sua resposta foi motivadora; “claro meu irmão, se Deus nos deu alguma boa, isso é para ser compartilhado”. Com essa resposta tive a oportunidade de alimentar as ovelhas sob os meus cuidados pastorais, e edificar tanto quanto foram possíveis.
Deixo aqui meu lamento, meu coração desmanchando em lágrimas pela queda de um gigante; mas, convicto de que seu legado à de acompanhar-me em todo o meu ministério. Minha oração é que; “Assim como Tu, Ó Deus, fostes com o pastor Jeferson Campanelli, sejam também comigo”.
A igreja brasileira perde um bom despenseiro, mas os céus, ah como os céus festejam a chegada de um herói, de um homem do qual o mundo não era digno; JEFERSON CAMPANELLI.

Por; Pr. Járber Sousa

terça-feira, 25 de março de 2014

BABEL, UM PROBLEMA SOLUCIONADO NO PENTECOSTES – Gn 11.1-9 e At 2.4-12



 
INTRODUÇÃO
Foi lendo alguns textos e artigos sobre o paralelo entre estas duas passagens que despertou em mim o interesse em estuda-la mais profundamente. Noi entanto, o esboço que desejo compartilhar com você nada mais é do que o resultado de um estudo devocional das duas passagens em momentos tranquilos de meditação.
No relato de Gênesis, merece destaque a ousadia pecaminosa e a busca da independência humana. Os homens queriam invadir a morada divina. Além de desejar “tomar” os céus, queriam garantir seu poder e manter sua unidade, dando glória ao seu próprio nome.
Como resultado desse estudo desejo meditar um pouco sobre os problemas atuantes em Babel, reino do poderoso Ninrode, homem venerado por seus súditos que ousaram enfrentar a grandeza de Deus com as suas próprias mãos. Me regozija saber, que os problemas causados por esta geração perversa foi totalmente modificada por um simples carpinteiro da galileia, da pequena cidade de Belém, Jesus. Este se tornou um líder, adorado por seus seguidores que em atitudes opostas as dos habitantes de babel, mudaram o mundo com com o testemunho do Nazareno. Isso enche meu coração de júbilo em saber que Babel foi um problema solucionado com a subida de Jesus aos céus e a descida do Espírito Santo á terra.
1. OS HOMENS DE BABEL
1.      Falavam uma única língua; v.1
2.      Eram desobedientes a Deus; vv.2,4a (ver 1.28;4.12,17; 9.1,7)
3.      Eram corajosos e determinados para fazer algo bom visando o mal; v.3
4.      Eram ousados e orgulhosos; v.4
5.      Buscavam fama, nem que para isso, enfrentassem o próprio Deus; v.4
6.      Se não fossem parados, seriam capazes de muito mais; v.6b
7.      Foram confundidos e divididos/espalhados; vv.7,9
2. OS HOMENS DO PENTECOSTES – Atos 2.1-13
1.      Eram obedientes a Deus; 1.12
2.      Estavam aos pés do Senhor em oração; 1.14
3.      Eram corajosos e determinados para fazer algo bom visando o melhor; 2.1
4.      Eram piedosos; 2.5
5.      Buscavam Poder do alto para testemunhar do nome de Jesus; 1.8
6.      Estavam todos reunidos no mesmo lugar; v.1
7.      Estavam assentados, esperando humildemente; v.2
8.      Todos foram cheios do Espírito e passaram a falar em outras línguas; v.4
3. O AGIR DE DEUS EM BABEL
1.      Deus lhes permite chegar ao ponto de rebelar-se contra Ele; v.5b
2.      Deus desce investiga a situação antes sentencia-los; v.5a (ver 3.8-13; 4.9,10;18.21)
3.      Deus confunde-os e depois os dispersa pela terra; vv.7-9
4. O AGIR DE DEUS NO PENTECOSTES
1.      Deus os ordenou a irem para Jerusalém; Lc 24.49
2.      Deus cumpre a sua promessa feita através de Joel; 2.16
3.      O Espírito desce sobre eles para unir os povos; 2.4
5. BENEFÍCIOS DO PENTECOSTES
1.      Um som desceu do céu em vez deles subirem até lá; 2.2
2.      Houve aglomeração de pessoas, ajuntamento em vez de dispersão, divisão; 2.6
3.      Houve admiração em vez de decepção; 2.7
4.      Conseguiram atrair a presença de Deus, não para puni-los, mas, para batizá-los; 2.4
5.      Ouviram as grandezas de Deus em vez de verem o juízo de Deus; 2.11
CONCLUSÃO
Em Babel Deus desceu para reprovar, para embargar aquela obra. No Pentecostes Deus desceu para aprovar e prosseguir a Obra.
Em Babel eles diziam; “vamos ficar aqui”. No Pentecostes, eles sabiam que deveria sair para Jerusalém, Judéia, Samaria e confins da terra até chegar à eternidade.
O mesmo Deus que desceu em Babel para confundir os homens e espalha-los pela terra como punição, foi o mesmo Deus que desceu no Pentecostes para capacitar os homens para serem espalhados pelo mundo para serem testemunhas da ressurreição.
O mesmo Deus que puniu os homens em Babel confundindo-os com línguas ao ponto de se espalharem-se pela terra, foi o mesmo Deus que abençoou os homens no Pentecostes com línguas para reaproximá-los, atraí-los para si;
“Mas, agora, em Cristo Jesus, vós, que estáveis longe, fostes aproximados pelo sangue de Cristo. Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um; e, tendo derribado a parede da separação que estava no meio a inimizade, [...] para que dos dois criasse, em si mesmo, um novo homem, fazendo a paz, e reconciliasse ambos em um só corpo com Deus, por intermédio da cruz, destruindo por ela a inimizade. E, vindo, evangelizou paz a vós outros que estáveis longe e paz também aos que estavam perto; porque, por ele, ambos temos acesso ao Pai em um só Espírito.” (Efésios 2.13-18).
Soli Deo Glória!
Pr. Járber Sousa
Ministrado na ADTC-Presidente Dutra
Em 24 de março de 14, Culto de Doutrina
www.jarbersousa.blogspot.com.br
 


segunda-feira, 24 de março de 2014

O PODER RESTAURADOR DO ESPÍRITO SANTO – Isaías 32.15




“...até que se derrame sobre nós o Espírito lá do alto; então, o deserto se tornará em campo fértil, e o campo fértil será tido por bosque;”

INTRODUÇÃO

Quando Isaías inicia o seu ministério em 740 a.C., Judá estava gozando de uma longa e sustentada prosperidade sob o reinado do seu primo, o rei Uzias. Porém, esse tempo estava se findando, pois a potência erguida sobre Uzias e Jotão, reis tementes a Deus, desmoronou-se a medida que Acaz passou a fazer alianças com nações pagãs em vez de confiar no SENHOR. Acaz era tão perverso que, quando atacado pela Síria e Israel, ele procurou inutilmente aplacar a ira divina sacrificando o seu filho mais velho sobre um altar e ainda pediu reforço aos Assírios. Em vez de confiar inteiramente no Senhor.

Esse ponto reflete o caos do cenário espiritual da nação judaica. Foi sob esse período que Deus levantou Isaías como arauto para proclamar salvação ao povo, esse é o tema central de Isaías, bem como o significado do seu nome, o SENHOR é a salvação.

Deus derramaria sua ira sob os perversos de Judá, porém, com a ascensão do rei Ezequias ao trono, houve uma reforma que começou no primeiro mês do seu reinado, isso fez com que Deus os livrasse da opressão dos Assírios que destruíram Israel, o reino do Norte em 722 a.C. Porém, as alianças de Ezequias com o Egito e a Babilônia, trouxe renovada agressão ao reino por meio da Assíria que cercou Jerusalém ameaçando destruí-la. Foi nesse tempo que, Ezequias aceitando o conselho de Isaías, decide confiar inteiramente no SENHOR que envia o seu anjo contra o exército assírio e mata 185 mil soldados assírios. Logo depois, o próprio Ezequias diante de uma enfermidade terminal, recebe da parte de Deus a cura e mais quinze anos e ainda proteção contra a Assíria.

Diante desse contexto, meditaremos nesse texto sob o aspecto da vontade de Deus em ter o seu povo inteiramente voltado para Si. Temos visto em todo o AT o intenso desejo de Deus em abençoar sobremaneira o seu povo, prometendo no fim dos tempos um reino de justiça e paz sob o governo do próprio príncipe da Paz, Jesus, quando na verdade haverá o derramamento pleno do Espírito. O que temos visto e ainda hoje vemos, é um cumprimento parcial destas promessas, que alimentam a nossa alma e nos sustenta com poder que nos possibilita a vivermos pela fé até que entremos nesse reino para que com Cristo possamos reinar.

Porém, antes que esse reino seja instaurado, Deus promete meios pelos quais o seu povo possa se voltar para Ele e viverem uma vida santa, e um desses meios, é o derramamento do Espírito santo sobre o seu povo que com o seu poder restaura a vida daquele que o recebe e o deixa apto a fazer a sua vontade. É sobre isso que vamos meditar, sobre O PODER RESTAURADOR DO ESPÍRITO SANTO como algo vital que nos permite vivermos para o agrado do SENHOR.

1. O PODER DO ESPÍRITO SANTO RESTAURA O NOSSO CONHECIMENTO DO SENHOR; Isaias 1.3; 11.9.

O texto do nosso tema começa com a expressão, “...até que se derrame”. Isso nos permite compreender que há um intervalo entre o juízo contra o povo e uma futura restauração. A razão não é outra senão por causa do pecado, do afastamento do povo de Deus, do desvio das suas palavras que os levou a desconhecerem o seu Deus, a ponto de Isaias proclamar que;

“O boi conhece o seu possuidor, e o jumento, o dono da sua manjedoura; mas Israel não tem conhecimento, o meu povo não entende.” 1.3

Bois e jumentos são estúpidos. Como são animais, são ignorantes. Mas sabem o bastante para encontrar o seu mestre. Afinal de contas é ele quem os alimenta.

Era essa a situação decadente do povo. Não tinha mais intimidade com Deus. Quando o procuravam era por conveniência, para receber algum beneficio e não por amor e temor. O capítulo um de Isaías nos fala que Deus abominava os sacrifícios e até as celebrações. Era um culto falso, sacrifícios que visavam mais barganhar a Deus do que externar arrependimento.

A mesma situação ocorreu nos tempo do profeta Oséias que chegou a declarar;

“O meu povo está sendo destruído porque lhe falta conhecimento...” (Os 3.6).

Foi sobre esse povo que Deus prometeu restaurá-los a Si, mas para que isso fosse possível, teria que vir do céu o seu Espírito para restaurar o conhecimento sobre Deus. Para estimular o desejo de intimidade com o SENHOR. Foi com esse objetivo que Jesus enviou o seu Espírito; “ele vos ensinará todas as coisas e vos lembrará de tudo quando tenho dito”. (Jo 14.26).

É o Espirito que testifica com o nosso espírito que não devemos pecar porque somos filhos de Deus, somente por esse conhecimento é que nos voltamos para Deus.

Devemos buscar como no Cenáculo esse derramar do Espírito sobre as nossas vidas até que um dia possamos ver na sua plenitude esse conhecimento que um dia encherá a terra;

“Não se fará mal nem dano algum em todo o meu santo monte, porque a terra se encherá do conhecimento do SENHOR, como as aguas cobrem o mar.” 11.9.

É isso que nos falta na atualidade, conhecimento, relacionamento profundo, intimidade com Deus. Conhecer e obedecer as suas leis. O Espírito tem o prazer de nos conduzir a este grau de intimidade restaurando-nos de volta à presença do Todo-poderoso. Foi conhecendo a Deus assentado no seu sublime trono que Isaías tomou conhecimento da sua pecaminosidade. Assim, quanto mais conhecemos ao Senhor, mais indignos nós nos sentiremos; quanto a isto, o Santo Espírito de Deus com o seu poder nos restaura diante da glória de Deus e nos permite estarmos bem próximos dele.

2. O PODER DO ESPÍRITO SANTO PRODUZ EM NÓS ARREPENDIMENTO; Zc 12.10; Jo 16.8

O pecado sempre foi um bloqueio na relação entre Deus e o seu povo. Ainda no capítulo 1.4-6 de Isaías vemos Deus classificando o seu povo da seguinte maneira;

“Ai desta nação pecaminosa, povo carregado de iniquidade, raça de malignos, filhos corruptores, abandonaram o SENHOR, blasfemaram o Santo de Israel, voltaram para trás. Porque haveis de ainda ser feridos, visto que continuais em rebeldia? Toda a cabeça está doente, e todo o coração enfermo. Desde a planta do pé até a cabeça não há nele coisa sã, senão feridas, contusões e chagas inflamadas, umas e outras não espremidas, nem atadas, nem amolecidas com óleo”.

Estas são palavras do próprio SENHOR e não do profeta; “Ouvi, ó céus, e dá ouvidos ó terra, porque o SENHOR é quem fala...”(1.2). O próprio Deus é quem trás à claridade o pecado de Judá;
·        Nação pecaminosa; faz-nos entender que o pecado era generalizado e uma constante entre o povo.
·        Povo carregado de iniquidade; a iniquidade não era daquele momento, mas algo praticado desde os seus antepassados, por isso eles estavam carregados.
·        Raça de malignos e filhos de corruptores; não que fosse maldição hereditária, mas foi esse o legado que deixaram os seus pais. Daí a razão do SENHOR chama-los de raça de malignos e filhos de corruptores.
·       Chagas inflamadas, umas e outras não espremidas; isso lembra o furúnculo, que enquanto não é espremido não sara. Assim é todo o pecado não confesso. Apodrece por dentro. Dói quando toca, infecciona por dentro. Só há um meio de sarar, sofrer as dores ao espremê-lo. Confessar mesmo que cause danos, o importante é o perdão e a aceitação do Senhor.
O coração do povo estava endurecido, cauterizado, insensível à voz de Deus, haviam se afastado de Deus (v.4) e consequentemente do Espírito Santo, a única pessoa capaz de produzir em nós o arrependimento. Arrependimento sem Deus e sem o seu Espírito não é arrependimento, é remorso.
·        Arrependimento produz choro; remorso produz desespero;
·        Arrependimento gera desejo de reconciliação; remorso gera desejo de morte;
·        Arrependimento nos leva a buscar o perdão de Deus; remorso nos faz fugir do SENHOR.
É somente uma ação renovadora do Espírito Santo no coração do pecador que nos leva ao arrependimento verdadeiro, diante da situação da pecaminosidade de Judá, Deus promete derramar o seu Espírito. Talvez sabendo disso foi que Jesus disse que;
“Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado...” (Jo 16.8)
É este Espírito que Deus promete sobre o seu povo, no desejo de reconciliá-lo consigo concedendo-lhe perdão como resultado do seu arrependimento;
“E sobre a casa de Davi, e sobre os habitantes de Jerusalém derramarei o Espírito da graça e de súplicas; olharão para aqueles a quem traspassaram; pranteá-lo-ão como quem pranteia por um unigênito e chorarão por ele como se chora amargamente pelo primogênito.” (Zc 12.10)
Após o derramamento do Espírito, os seus filhos se darão conta dos erros cometidos. É disso que precisamos, do poder restaurador do Espírito nas nossas vidas com o fim de estarmos sempre sensíveis à voz de Deus e alertas contra o pecado. Com o Espírito nas nossas vidas seremos sempre bem aventurados porque choraremos por nossos pecados. Os que choram desesperadamente por seus pecados e por sua indignidade recebem de Deus o perdão e o consolo do Espírito.
·        Não um choro carnal como o de Amnon que chorou de tristeza até possuir sua própria irmã, e depois desprezá-la (2 Sm 13.2)
·        Não como o arrependimento de faraó que se arrependeu do seu arrependimento, fazendo o bem libertando o povo (Êx 14.15)
·        Não um choro como o de Judas Iscariotes que reconheceu o seu pecado e se entristeceu; confessou e se justificou pelo que fizera a Cristo afirmando que havia traído sangue inocente; fez restituição do pecado, mas está no inferno.
·        Não um choro pelo castigo do pecado, como o caso de Caim que matou o seu irmão, mas, temeu o castigo sem, contudo se arrepender do crime cometido; “é tamanho o meu castigo, que já não posso suportá-lo” (Gn 4.13). Seu castigo lhe afligiu mais do que o seu pecado.
É um choro gerado pelo genuíno arrependimento produzido pelo derramar abundante do Espírito Santo em nós. Como o choro de Pedro após negar a Jesus. Como o da mulher que lavou os pés de Jesus. Como o do publicano da parábola que saiu justificado do seu pecado por reconhecer-se como pior dos pecadores.
Ah! Amados, que o Espírito da graça e de súplicas venha sobre nós e quebrante o nosso coração nesta ocasião para que sejamos moldados e tenhamos o coração quebrantado diante do SENHOR em constante arrependimento.
3. O PODER DO ESPÍRITO SANTO NOS RESTAURA DO PECADO;Ez 13.1; 36.25
Como já foi enfatizado, o tema central de Isaias é a salvação do SENHOR. Para que haja salvação tem que haver arrependimento e perdão. Uma vez que; “as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça” (Is 59.2), é o desejo de Deus que os seus filhos sejam limpos de qualquer mancha que ofusque a sua imagem na vida do homem. Com esse desejo foi que o SENHOR exortou o povo dizendo;
“Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade de vossos atos... cessai de fazer o mal”. (1.16)
Somente pelo derramar do Espírito é que seremos de fato, lavados e purificados de toda sujeira causada pelo pecado. Não importa quão grande, horrível e degradante tenha sido o pecado cometido; o Espírito será derramado em abundancia; o suficiente para que os nossos pecados se tornem brancos como a neve e como a lã (1.18).
O texto diz que será derramado do Espírito lá do alto. Imagine uma grande caixa d’agua, quanto mais alta e cheia ela é, maior é a pressão da agua. Assim é o poder restaurador do Espírito Santo, que vem do alto do trono de Deus como um rio, uma chuva que nos purificará de todos os nossos pecados;
“Naquele dia, haverá uma fonte aberta para a casa de Davi e para os habitantes de Jerusalém, para remover o pecado e a impureza.” (Ez 13.1)
“Então, aspergirei água pura sobre vós, e ficareis purificados; de todas as vossas imundícias e de todos os vossos ídolos vos purificarei.” (Ez 36.25).
Que venha sobre nós o Espírito lá do alto e inunde todo o nosso ser, retirando toda mancha do pecado, nos purificando de toda má consciência e nos deixando limpos e santos como é santo o nosso Deus; que o Santo Espírito seja derramado sobre nós até que não haja mais pecado que nos separe de Deus e nem iniquidades que impeça o SENHOR de nos ouvir. Que o poder do Espírito de Deus nos restaure dos nossos pecados.
4. O PODER DO ESPÍRITO SANTO NOS RESTAURA DA MORTE PARA A VIDA; Ez 37.9,10 e 14
O apóstolo Paulo nos deixa claro que quando vivíamos no curso deste mundo estávamos mortos, até que “Ele [Jesus] vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados [...] e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo”. (Ef 2.1,5). Era esta a mesma situação da nação judaica quando se afastava da fonte de vida, o próprio Deus. Isso é refletido na visão de Ezequiel do vale de ossos secos (Ez 37). É sabido de todo cristão, que o salário do pecado é a morte. O pecado é tratado nessa verdade como sendo um patrão severo; ele escraviza, oprime a vida dos seus servos e como pagamento, a morte.
Mas há uma esperança para o povo de Deus, para que este seja liberto da morte, precisa primeiro ser restaurado do seu pecado, como resultado disso, a própria vida passa a abundar na vida daquele que foi justificado por Deus. E nesse processo de restauração, o Espírito Santo tem um papel importante. Observe o que nos diz o texto de Ezequiel;
“Então, ele me disse: profetiza ao espírito, profetiza, ó filho do homem, e dize-lhe: Assim diz o SENHOR Deus: vem dos quatro ventos, ó espírito, e assopra sobre estes mortos, para que vivam. Profetizei como ele me ordenara, e o espirito entrou neles, e viveram e se puseram em pé, um exército sobremodo numeroso” (37.9,10).
Talvez você como bom crítico, deve está questionando; “mas nesse texto não há nenhuma referência quanto ao Espirito Santo, e sim ao espirito de vida humano”. É verdade, mas como sabemos, esse texto é o relato de uma experiência vivida pelo profeta Ezequiel que em espirito foi levado ao vale de ossos secos, que de acordo com o Senhor, “...são toda a casa de Israel”(Ez 37.11).
Depois de fazer tudo de acordo com o que Deus lhe ordenara, o Senhor fala com ele, lhe explicando quem eram aqueles ossos e lhe ordena no verso 14; “Porei em vós o meu Espírito, e vivereis...”.
Ele é também o Espírito de vida. É promessa do Senhor aos que estão mortos nos delitos e pecados, talvez já com a esperança inexistente e dentro da sepultura; “Assim diz o SENHOR Deus: Eis que abrirei a vossa sepultura, e vos farei sair dela, ó povo meu. Porei em vós o meu Espírito, e vivereis...” (Ez 37.12,14).
Hoje o Senhor quer derramar seu Espírito de vida sobre nós, ressuscitar sonhos; levantar o caído; revigorar o abatido e dar vida aos que estão mortos. Vida abundante, superlativa. Vida espiritual completa e acesso à vida eterna. Seja você um recipiente para receber esse derramar do Espírito e tenha vida.
5. O PODER DO ESPÍRITO SANTO RESTAURA O NOSSO CORAÇÃO; Ez 36.26.
Talvez, tal como o povo de Judá você se encontre insensível, sem percepção da gravidade em que vives a tua vida espiritual. Como sepulcros calhados, aparentemente bem, mas por dentro não tem vida. Já está com a mente cauterizada e o coração calejado. Você até pode estar concordando com esta mensagem, mas não tem ânimo para buscar restauração, o coração está endurecido. Talvez a vida de pecado tem feito você desistir de levar uma vida santa, uma vida reta nos caminhos do Senhor.
Há esperança, há solução para o seu caso. O derramar do Espírito envolve também uma restauração do coração. Veja o que nos diz o profeta Jeremias;
Dar-vos-ei coração novo e porei dentro de vós espirito novo; tirarei de vos o coração de pedra e vos darei coração de carne. Porei dentro de vós o meu Espírito e farei com que andeis nos meus estatutos, guardeis os meus juízos e os observeis.” (Jr 31.33,34).
Somente o Espírito Santo é quem pode nos ajudar nesse mundo vil;
·        É ele quem nos ajuda nas nossas fraquezas.
·        É ele quem nos ensina todas as coisas e nos lembra do que Jesus ensinou.
·        É ele quem testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus.
Estando debaixo desse derramamento do Espírito, teremos um coração apto a obedecer, disposto a trilhar nos caminhos da justiça, e diferente dos homens antediluvianos que “era mau todo desígnio do seu coração” (Gn 6.5), o Espírito nos fará andar nos estatutos do Senhor e guardar os seus juízos. Ele inundará o nosso coração com a justiça divina e como rio nos conduzirá às fontes da vida.
Quem crê em mim, como diz a Escritura, do seu interior correrão rios de água viva(Jo 7.38).
Água viva é agua corrente, que leva para longe, que renova sempre. Assim será o derramar e o fluir do Espírito no nosso coração. Limpará toda impureza e levará para longe toda sujeira, sentimento ruim, maus desígnios e maquinações carnais. Um novo coração de onde correm rios de agua viva, o Espírito Santo de Deus;
Isto ele disse com respeito ao Espírito que haviam de receber os que nele cressem, pois o Espírito até aquele momento não fora dado...” (Jo 7.39)
6. O PODER DO ESPÍRITO SANTO RESTAURA A NOSSA COMUNHÃO COM DEUS; Ez 39.39.
Os nossos pecados criam barreiras que nos separam de Deus como diz Isaías 59.2, nos deixam distantes da graça divina e impossibilitados de termos a atenção de Deus, veja Isaias 1.15;
“Pelo que, quando estendeis as mãos, escondo de vós os olhos; sim, quando multiplicais as vossas orações, não as ouço, não as ouço, porque as vossas mãos estão cheias de sangue”.
Muitos se encontram assim;
·        Vêm à igreja, mas não a Deus;
·        São membros da igreja, mas não são cidadãos do céu;
·        Vêm ao culto, mas não cultuam;
·        Cantam, mas não adoram;
·        São crentes, mas não são cristãos; salvos;
·        São filhos de crentes, mas não são filhos de Deus;
·        Confessam os seus pecados, mas não os abandona;
·        Ouve a Palavra, mas não guarda, não vive;
·        Oram, suplicam e gritam, mas não são ouvidos;
Há uma barreira queridos. Há algo que está te separando de Deus. A ausência das tuas lágrimas, da sensibilidade de tua alma pode ser sede de Deus, falta do fluir do Espírito sobre a sua vida. Por meio do Espírito é que temos comunhão com o Senhor, pois é ele que diante de Deus intercede por nós com palavras que não se podem explicar (Rm 8.26).
Saiba que o derramar do Espírito envolve volta ao Senhor, barreira quebrada, véu rasgado e comunhão restaurada. Veja o que nos diz Ez 39.29;
“Já não esconderei deles o rosto, pois derramarei o meu Espírito sobre a casa de Israel, diz o SENHOR Deus.”
Um dia o SENHOR irá habitar entre os homens e ser conhecido por eles como sendo o seu Deus, e eles sendo o seu povo. Comunhão plena, relacionamento restaurado. Aquele relacionamento perdido no Éden, que mais tarde no capítulo seis de Gênesis é a razão de Deus decidir que o seu Espírito não agiria para sempre no homem, um dia será restaurado. Voltará a ser como no Paraíso perdido, o Senhor não mais esconderá o seu rosto e nem encolherá a sua mão para não abençoá-los mais. Pelo contrário, Deus habitará com eles.
E essa comunhão com Deus já foi iniciada, o Espírito Santo que nos convence do pecado, nos leva ao arrependimento e restaura a nossa vida é o mesmo Espírito que restaura a nossa comunhão com Deus. Trazendo consigo renovação espiritual fazendo com que “o deserto se torne em campo fértil, e o campo fértil seja tido por bosque”.
CONCLUSÃO:
Hoje é o dia oportuno de você ser envolvido por este derramar. Ser inundado por esta chuva prometida por Deus, desejada por Moisés, proclamada pelos dos profetas, e vivida pelos apóstolos e os irmãos reunidos no cenáculo onde todos os que lá estavam foram simplesmente cheios.
Hoje o deserto chega ao fim, é dia de chuva de bênçãos; de ser derramada sobre nós a promessa do Senhor;
A areia esbraseada se transformará em lagos, e a terra sedenta, em mananciais de águas;” (Is 35.7)
“O que escapou da casa de Judá e ficou de resto tornará a lançar raízes para baixo e dará fruto por cima.” (Is 37.31)
“Os aflitos e necessitados buscam águas, e não as há, e a sua língua se seca de sede; mas eu, o SENHOR, os ouvirei, eu, o Deus de Israel, não os desampararei. Abrirei rios nos altos desnudos e fontes nos meios dos vales; tornarei o deserto em açudes de águas e a terra seca, em mananciais.” (Is 41.17,18)
O profeta Isaias é o profeta da restauração do Espírito, da salvação do SENHOR. Suas palavras são atuais, são para nós, filhos e povo de Deus. Hoje somos herdeiros das mesmas promessas feitas aos patriarcas de Israel, somos coerdeiros com Cristo, portanto, esse derramar, esse poder restaurador sobre o deserto e terra seca pode ser vivenciado hoje por nós. Se o buscarmos de coração sincero e sedento do Espírito do alto, seremos verdadeiramente cheios e restaurados para a glória de Deus pai. AMÉM!
Pr. Járber Sousa
29 de novembro de 2013, às 23:50
Ministrado na AD-Aeroporto, Teresina,PI em 30/11/13
Ministrado na AD-Presidente Dutra em 23/03/2014