terça-feira, 10 de março de 2009

TOCANDO O CORAÇÃO DE DEUS - 2 Reis 20.1-15


INTRODUÇÃO:
Ezequias era um dos poucos reis piedosos da terra de Judá, temente ao SENHOR e que executara renovação espiritual no seu reino. De repente, devido a sua fragilidade humana, seu coração se exaltou (2 Cr 32.25,26), algo inesperado lhe acontece. Uma notícia incomum das que Ezequias costumava ouvir, lhe sobreveio da parte de seu Deus por meio do profeta Isaias; “Põe em ordem a tua casa, porque morrerás e não viverás” (v.1).
Tudo parecia caminhar tão bem, quando de forma inesperada a ira de Deus cai contra ele e contra o povo de Judá e Jerusalém. Ezequias era um homem que quando precisava de auxilio divino, não hesitava em buscar Sua face (19.14-20). Porém, Ezequias reconhece que errou e com todo o povo ele decide se humilhar de maneira tal, que o SENHOR decidiu agir de misericórdia para com ele e a nação.
Nesta mensagem, quero meditar um pouco contigo, sobre como devemos nos portar diante de um Deus que tudo faz independente de nossa vontade. Em meio às adversidades da vida e dos problemas que diariamente nos sobrevêm, sendo que dentre eles, existem alguns dos quais, nós questionamos sem saber qual a origem e com que razão somos afligidos, vamos aprender como agir diante dessas circunstancias inesperadas assim como Ezequias, para tocarmos o coração de Deus para que Ele tenha compaixão e interfira por nós com sua graça infinita para nos abençoar.
Tomando como exemplo a vida do Rei Ezequias, o que devemos fazer para tocar o coração de Deus?

1. ORAR COM SINCERIDADE e ARREPENDIMENTO – vv.2-6
O profeta Isaias foi bem enfático em entregar a mensagem que não era dele, mas de Deus; “Assim diz o SENHOR” (v.1), de forma clara e entendível, Isaias fala; “... porque morrerás e não viverás.” (v.1). Não havia o que questionar, Ezequias sabia e conhecia o Deus a quem servia e que muitas vezes pelejou em favor do seu povo, quando este, se encontrava em perigo. Mas, também reconhecia o seu pecado, de se exaltar sem levar em conta os benefícios que a ele foi concedido.
Fazendo um paralelo com o texto de 2 Crônicas 32.24-31, vamos compreender melhor esse texto de 2 Reis. Tal narrativa nos fornece a informação que Ezequias apela para que o SENHOR se lembre de que outrora ele havia feito a vontade do SENHOR; “lembra-te SENHOR, peço-te, que andei diante de ti com fidelidade, com inteireza de coração, e fiz o que era reto aos teus olhos; e chorou muito.” (v.3).

Esse versículo nos mostra a atitude de arrependimento e sinceridade de Ezequias; sabendo que o SENHOR o havia ferido de forma merecida, ele tão somente vira o rosto para a parede e começa a apelar para a misericórdia de Deus, sem deixar reconhecer que ele não estava mais, agindo de acordo com a vontade de Deus. Isto nós concluímos pelos verbos no tempo passado; “andei e fiz”, no versículo 2. O texto de 2 Crônicas ressalta que “ele não correspondeu aos benefícios que lhe foram feito”, isso porque o seu coração havia se exaltado.

Sendo que um dos princípios divinos é que, quem se humilha será exaltado, e quem se exalta será humilhado, tal aconteceu com o rei Ezequias. O fato dele já ter sido homem temente e piedoso, não resulta no fato de que Deus deve tolerá-lo quando este se desviou dos desígnios, sendo Ele um Deus Santo e justo, certamente agiria com ira sobre Ezequias.

Foi por esta razão, a ira de Deus, que fez com que Ezequias recorresse à face divina em busca de perdão, expondo sua fragilidade em não mais andar nos caminhos do SENHOR com fidelidade e nem fazer mais o que era reto aos Seus olhos, isso acompanhado de arrependimento; “... e chorou muitíssimo.” v.3. Tal oração de Ezequias contribuiu para que o SENHOR voltasse sua bondosa compaixão ao rei e por meio do mesmo profeta que lhe havia levado a mensagem de condenação, envia-lhe agora uma palavra de consolação; “... veio a ele (Isaias) a palavra do SENHOR, dizendo; Volta e dize a Ezequias, príncipe do meu povo... ouvi a tua oração e vi as tuas lágrimas...”; perceba que Deus estava atento à oração de Ezequias, mesmo na cama com o rosto para a parede, quando Deus afirma ter não só ouvido a oração, mas, ter visto as lágrimas, em outras palavras ele estava vendo a sinceridade e arrependimento do rei.
Esta ação de Ezequias fez com que o SENHOR transformasse sua mensagem de castigo em mensagem de bênçãos e promessas. Observe o versículo um que diz; “... morrerás e não viverás”, e agora compare com os versículos cinco e seis “... eis eu te curarei... acrescentarei aos teus dias quinze anos e te livrarei das mãos do rei da Assíria...”. Perceba o contraste entre as duas mensagens entregues pelo profeta Isaias ao rei Ezequias.

É assim que Deus age em favor dos seus santos. Há momentos que estamos bem com Deus, fazendo a sua vontade, como também há momentos em que tudo vira de cabeça à baixo e as coisas mudam inesperadamente. Isto não quer dizer que Deus não ouve às nossas petições. Ele simplesmente não as atende. Pois quando analisamos a oração de Ezequias e a manifestação da misericórdia de Deus como resultado de uma oração sincera; podemos comparar à promessa condicional de Deus a Salomão em 2 Crônicas 7.14; ”se o meu povo, se humilhar, e orar, e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra.”

Que maravilha! A promessa que Deus fez a Salomão foi executada na vida de Ezequias; ele se desviou da vontade do SENHOR, e se um rei faz o que é mau, certamente seus súditos caminharão no mesmo caminho, pelo que a ira de Deus sobreveio sobre os habitantes de Judá (2 Cr 34.25). Ao tomar conhecimento de que morreria Ezequias não hesita em fazer o que o SENHOR havia comunicado ao seu antepassado, Salomão; Compare suas atitudes de 2 Crônicas 34 com 7.14 do mesmo livro; ele se humilhou, orou, buscou ao SENHOR e se converteu dos seus maus caminhos.

Conseqüentemente, Deus agiria com fidelidade à Sua promessa. Perceba as promessas de 2 Cr 7.14; e compare com as promessas de 2 Reis 20.5 e 6;

“eu ouvirei dos céus” – “eu ouvi a tua oração”
“perdoarei os seus pecados” – “te curarei”
“sararei esta terra” – “defenderei esta cidade”

Amados, o mesmo Deus que falou estas palavras a Salomão foi o mesmo que agiu com fidelidade com Ezequias; Deus não muda, se Ele mudasse seríamos consumidos por sua ira (Mq 3.6). se ele não muda, então logicamente continua e continuará o mesmo de sempre. Sendo assim, ele estar pronto a ouvir a tua oração, a tua súplica e tua humildade em reconhecer que tens sido falho diante dele, que sem a Sua misericórdia você não sobreviverá.

Tudo o que Ele requer dos seus filhos, é fidelidade e sinceridade. Ele estar pronto a te abençoar, te curar, te dá um bom emprego, te tirar dessa situação de desespero, mas, Ele só irá agir de misericórdia contigo, “se” tu te humilhares e orares com sinceridade como Ezequias, para que Ele ouça dos céus e venha ao teu socorro. Toma hoje a decisão de entrar na presença do SENHOR com humildade e sinceridade, acompanhada de arrependimento, suplicando por misericórdia, e certamente Ele te curará, te perdoará e te fará vencer as adversidades da vida, porque a tua oração, tocou o coração dele.

Além da sua oração sincera, o que mais contribuiu para que Ezequias tocasse o coração de Deus?

2. FAZER PROVA DA FIDELIDADE DE DEUS – vv.8-11

Estes versículos ressaltam algo muito importante na manifestação da fidelidade divina. Embora pereça um ato de dúvida, percebemos que Ezequias simplesmente manifestou sua preocupação em ter certeza do perdão de Deus;

“qual será o sinal de que o SENHOR me curará e de que, ao terceiro dia subirei à Casa do SENHOR?” (v.8).

Como base para esta minha afirmação, posso citar um texto relacionado à fidelidade do homem para com Deus, que é Malaquias 3.10, onde encontramos um “desafio de Deus” aos homens que lhes são fiéis nos dízimos; “provai-me”. O que vemos aqui não é diferente, no momento em que Ezequias deixou de ser fiel à Deus em tudo, o SENHOR lhe pesou a mão, porém, quando este, Ezequias em meio às lágrimas de arrependimento, orando ao SENHOR, passou a fazer o que agrada ao SENHOR. Visto que tal atitude de Ezequias era um ato de total dependência de Deus, sendo assim, reconhecendo que o seu Deus é um Deus de misericórdia, ele tão somente pede um sinal de quer o SENHOR lhe curaria.

Deus reconhecendo, que ele não estava duvidando, mas apenas manifestando sua ansiedade em saber se estava agora, agradando ao SENHOR, decidiu então lhe conceder este sinal, fazendo algo impossível aos olhos humanos, que foi, “fazer retroceder a sombra lançada pelo sol declinante...” (v.9-11).

Santos de Deus, bem sei que, tal como Ezequias, independente de nossas posições na sociedade ou situação financeira, somos confrontados constantemente por surpresas desagradáveis, tais como, enfermidades ou desempregos que alimentam uma ansiosa solicitude, que nos faz viver em tenra preocupação com o que fazer para tentar nos sobressair de uma situação dessas.

Mas, o que nós aprendemos com o rei Ezequias, é mostrar nossa inteira dependência de Deus, e anelarmos por uma intima comunhão com ele, para que sempre que o buscarmos em oração, Ele possa nos atender assim como foi com Ezequias. Além do mais, num ato de termos certeza do perdão e da provisão divina, é sempre bom buscarmos um sinal da parte de Deus como prova de sua fidelidade, não para conosco, mas para com sua palavra. Tu podes estar questionando agora, não será isso, um ato de incredulidade, de dúvida para com Deus? Convictamente, a resposta é, não! O que Ezequias fez, foi simplesmente buscar de Deus um sinal de que o SENHOR não mais o mataria, e sim o curaria fazendo-o ainda, ir à Sua Casa no terceiro dia depois da cura. Embora nos versículos anteriores, Deus já tivesse determinado a cura e a bênção ao povo de Judá, Ezequias continuava o mesmo homem, com as mesmas fraquezas e limitações de um homem comum. Isso fez com que ele buscasse uma resposta mais concreta do SENHOR, mas, ele fez isso porque sabia que tinha orado sinceramente e se arrependido do seu erro. Tal convicção o motivou a pedir um sinal da parte de Deus.

Querido irmão, não tenha em mente jamais, que, uma vez Deus tenha determinado uma sentença, Ele não poderá mais agir com misericórdia com você. Lembre-se bem do texto de 2 Crônicas 7.14, basta tão somente você querer. Então, ele ouvirá dos céus e agira graciosamente ao teu favor. Isso porque, com tua busca incessante, tocou o Seu coração.

CONCLUSÃO
Santos de Deus, Ezequias nada mais era do que um simples mortal assim como o somos. Independente de sua realeza, ele era sujeito as nossas mesmas fraquezas, no caso dele, foi o orgulho e a exaltação de seu coração. Mesmo assim, ele fez o que cada um de nós podemos fazer. Da maneira possível; deitado, em pé, sentado, andando ou com o rosto virado para a parede, como fez Ezequias, buscarmos a face do SENHOR em oração, com sinceridade de coração, sem nada duvidar, é lógico, pedirmos de acordo com a vontade de dEle, apelando para a sua bondade e misericórdia, reconhecendo que não temos mérito algum diante dEle.
Fazendo assim, Ele perceberá sentimento sincero do nosso coração, e moverá, se possível, céu e terra para nos abençoar e nos fazer vencer; se possível, até a morte. O pecado que tenazmente nos acedia às lutas que continuamente nos sobrecarregam, as setas malignas que constantemente tenta nos ferir; Deus é poderoso, para fazer além daquilo que pedimos ou pensamos, tal como foi com Ezequias ele será conosco. À medida que o buscarmos, clamando com transparência de coração e total dependência a dele, com um espírito quebrantado, Ele virá ao nosso socorro, com bênçãos tais, no tempo e hora certa para nos abençoar.
Creia nisso, passe a clamar a Deus com todo o seu coração, e tenha plena convicção de que no tempo certo, ele te ouvirá e te abençoará. Amém!

terça-feira, 3 de março de 2009

COMO SOBREVIVER EM TEMPOS DE CALAMIDADE


INTRODUÇÃO:

Após uma profecia ao Rei Acabe, a nação passou a sofrer com a ausência de água, devido à seca profetizada por Elias; “...Tão certo como vive o SENHOR, Deus de Israel, perante cuja face estou, nem orvalho nem chuva haverá nestes anos, segundo a minha palavra.” (v.1).

Sustentado pela provisão divina por meio de corvos que lhe alimentaram por algum tempo, e também desfrutando das águas da torrente de Querite (vs.4,6). Porém, mesmo guiardado pelo Senhor, Elias também tornara-se alvo da calamidade que assolava a terra, pois com “o passar dos dias a torrente de Querite secou, porque não chovia sobre a terra.” (v.7).

Deus então decide agir em favor do seu servo e simultaneamente abençoar uma pobre viúva da cidade ded Sarepta, também vítima da calamidade. A ordem de Deus foi dada `Elias para que ele sobrevivesse nos tempos ruins que haviam, pois Deus já havia ordenado uma viúva para lhe alimetar (v.9b), na verdade, mesmo com o agir de Deus,percebemos nestas passagens algumas atitudes, tanto de Elias como da viúva, que foram necessárias para que os propósitos de Deus se cumprissem na vida deles.

Tomando por base, as atitudes de Elias e da viúva, personagens principais dessa história, vamos meditar um pouco sobre; Como podemos sobreviver em tempos de crise e de calamidade:
1.POR MEIO DA DISPOSIÇÃO E DA PERSEVERANÇA – vs.9,10 (Elias);


Elias havia passado muitos dias junto à torrente de Quiriate, sendo mantido por Deus, por meio dos corvos de de manhã e de noite o alimentava com pão e carne (v.6); chegou a hora de Elias fazer algo para poder sobreviver, pois tal torrente havia secado com a ausência da chuva (v.7). E agora, o que fazer?

“Dispõe-te e vai a Sarepta...e demora-te ali...”

Podemos dividir esse versículo em dois subtópicos desse primeiro ponto;
1.1. Dispõe-te e vai; Disposição era o que Elias precisava como a primeira parte do primeiro passo que o faria sobreviver nos tempos ruins. A bem da verdade, sem olharmos para a possibilidade de Elias estar com fome ou sede, podemos imaginar também, a possibilidade de um estado de acomodação; pois à dias ele estava sendo mantido pelos corvos ordenados pelo SENHOR, e agora poderia estar “despreocupado” com o amanhã, agora era hora de se dispor, de se levantar e ir (vs.9,10).

Amados, o fato de Deus ser o Jeová Jirê, que provê todas as coisas, e a ordem de não nos preocuparmos com o dia de amanhã, não quer dizer que, por isso devamos viver acomodados aguardando as bênçãos de Deus, Ele quer nos abençoar, nos fazer prosperar, cumprir as suas promessas em nossas vidas e nos fazer felizes na terra dos viventes. Porém, algo ele exige de nós, o que não é muito; total dependência dEle, i.e., nos dispor a fazer a Sua vontade. Nesta passagem, simultaneamente quando nos dispomos, obedecemos também. Sendo que, quanto à obediência, abordaremos no segundo ponto, tomando como exemplo a viúva.
Queres ser abençoado, mudar de vida e sair da calamidade? Então, sai da comodidade, Dispõe-te e vai. Deus já providenciou mantimento (v.9).

1.2. “... demora-te ali...”. Além da disposição, algo mais era necessário; a Perseverança. Deus não mandara Elias sair de uma terra seca para uma terra onde havia abundancia de alimentos e água para o seu sustento, o mandou ir à Sarepta, também afetada pela seca, mais precisamente à casa de uma pobre viúva. Certamente, a disposição não seria o suficiente para que Elias sobrevivesse à calamidade, embora Elias não soubesse, Deus por Sua soberana Onisciência sabia para onde ele iria, eia a razão de exigir que Elias demorasse ali. Isto faz-nos lembrar da vez em que Jesus ensinando os discípulos à pedirem algo para o Pai celestial, orientou-os a; pedirem, baterem e buscarem. Uma coisa era Elias se levantar e ir aonde Deus lhe ordenara, outra coisa era Elias perceber o lugar onde Deus lhe enviara e ficar ali sendo que a situação da viúva era desesperadora. Por isso, Elias mais do que nunca teria de esperar, de demorar ali, aguardando a provisão de Deus.

Amados irmãos, como estamos agindo em nossos tempos? Tempos de crise social, moral e religiosa. Tempos de conflitos em todas as áreas da sociedade, onde o mundo vive uma intensa tensão de calamidade no mundo econômico com a terrível crise econômica. Estamos dependendo de Deus, nos dispondo a fazer a sua vontade? Ou se estamos, paramos à beira do caminho porque não temos paciência de esperar, de perseverar aguardando o socorro de Deus? Os filhos de Corá deixaram bem claro no Salmo 46.1 que; “Deus é o nosso refugio e fortaleza, socorro bem presente na hora da tribulação”. Porém, isto não o obriga a fazer o que queremos na hora que precisamos, Ele define o tempo e a hora certa.

Então, tomando por base o exemplo do Elias, não nos acomodemos nem nos desesperemos, antes ouçamos a voz do SENHOR, que ordenas-nos a nos dispormos e irmos, que Ele já providenciou o sustento na hora da necessidade, a saúde na hora da doença, o milagre na hora do problema. Fazendo assim, a Sua provisão surgirá na hora devida, e nos fará vencer todas as calamidades da vida.

Além, da nossa disposição e perseverança; Como sobreviveremos em meio à calamidade?

2. OBEDECENDO À PALAVRA DO SENHOR – vs.11-15 (a viúva);


Embora tenha sido Elias, o que primeiro obedece a Deus no versículo10; “Então, ele se levantou e se foi a Sarepta;...”; Vou tomar agora o exemplo da viúva, que mesmo numa situação crítica de extrema necessidade, dá-nos uma excelente lição de obediência à voz do SENHOR na hora do desespero.

Temos dois versículos chave para essa meditação; 11 e 15. No versículo 11 está escrito; “Indo ela buscá-la...”; Aqui, é uma obediência direta ao pedido do profeta, pois visto que ele acabara de chegar, de imediato pede-a que lhe traga uma vasilha com água para ele beber. Sem sussurrar, nem murmurar devido a sua drástica situação, vai buscá-la. Aqui, sem nem mesmo que Elias perceba, é um passo para que o milagre da provisão aconteça. Pois que na hora em que ela se vira a buscar a água, Elias chama-a de novo e lhe pede “um bocado de pão” (v.11b). No segundo pedido do profeta, ela não age com desobediência, e também não murmura, nem tão pouco tem o profeta como ousado ou atrevido, mas, expõe humildemente sua triste situação. O versículo 12 diz claramente que ela “respondeu”, e não; murmurou e nem sussurrou. Ela disse;

nada tenho cozido; há somente um punhado de farinha numa panela e um pouco de azeite numa botija;... apanhei dois cavacos e vou preparar o resto de comida para mim e para meu filho; comê-lo-emos e morreremos.”


Queridos observem esse versículo com atenção e perceba você mesmo a situação dessa viúva; os termos; nada – somente – numa – um pouco – dois cavacos – o resto – e morreremos; denotam com precisão a terrível situação de extrema necessidade enfrentada por esta pobre viúva. Quando ela expõe sua triste situação, então o profeta fala por si mesmo no versículo 13, e no versículo 14 ele fala a Palavra de Deus; “Porque assim diz o SENHOR, a farinha da tua panela não se acabará, o azeite da tua botija não faltará, até o dia em que o SENHOR fizer chover sobre a terra”.

Imagine uma palavra dessas de ânimo num tempo de crise e de terrível calamidade. Se a pobre viúva não hesitou em obedecer ao profeta quando lhe pediu água, obviamente ela não seria tão ignorante a ponto de não querer dar ouvidos à voz daquele que tem todas as coisas sob o seu controle, pois sendo Ele quem fez para de chover, o versículo 14 deixa claro que seria Ele, e não outro que faria voltar a chover sobre a terra. A viúva não pensou duas vezes, sabe como ela agiu? Observe o versículo 15; “Foi ela e fez segundo a palavra de Elias...”; Você deve estar se perguntando, mas ela obedeceu a voz de Elias e não a de Deus. Amado, não esqueça que Elias era profeta do Deus de Israel, e uma característica necessária que testificaria que um homem era profeta, é a expressão; “Assim diz o SENHOR” (v.14a); não esqueça também que Elias por ser um hebreu, não ousaria em usar, falar o Nome de Deus em vão.

Compreendendo isso, concluiremos que ele obedeceu, fazendo tudo conforme a palavra de Elias, mas o milagre aconteceu, segundo a palavra do SENHOR. Veja o versículo 16; “Da panela a farinha não se acabou, e da botija o azeite não faltou, segundo a palavra do SENHOR”.

Que maravilha a é obedecer às palavras do SENHOR irmãos, Ele é soberano, tem Todo o Poder, controla todas as coisas, tudo muda, tudo passa, mas as Suas palavras permanecem para sempre!

Como estar a sua vida, você estar sozinho como Elias, com fome e sede? Ou estar numa situação pior, como a da mulher, que além de ser viúva, não estava só, tinha um filho, também tinha o que comer e beber, mas não o suficiente, quando comecem o resto da comida morreriam (v.12).
Qual das duas situações é pior?

Elias se dispôs e foi aonde o SENHOR lhe ordenara, e como recompensa por sua obediência, foi sustentado por uma viúva.

A viúva deu ouvidos à palavra do SENHOR e obedeceu como recompensa; “comeram ele (Elias), ela e sua casa muitos dias”. Espere um pouco, não eram somente ela e seu filho? (v.12,13). Meu Deus, o milagre da multiplicação por meio da providência divina foi tão grande, que ela e sua casa comeram por muitos dias. É assim que Deus faz aos que dão ouvidos a sua vós. Então, vais continuar a lamentar tua triste situação? Ou vais decidir dar ouvidos à voz de Deus e se dispor a obedecê-lo? Pense nisso!

CONCLUSÃO

Queridos leitores, assim como eu, você sabe que os dias são maus e os tempos são difíceis (2 Tm 3.1), onde a crise econômica mundial é uma triste realidade, e afeta dos mais altos magnatas da sociedade aos mais míseros indivíduos dos países de terceiro mundo. O mundo vive à beira de um caos, de uma calamidade universal. Mas, Deus continua o mesmo ontem, hoje e o será para sempre, e faz as mesmas coisas e outras ainda maiores e melhores para abençoar os que se dispõem a obedecer as Suas palavras.

Ele providenciou; corvos para sustentarem Elias com pão e água, quando este fugia da seca, e usou Elias para levar o milagre da provisão e da multiplicação à casa de uma pobre viúva e toda a sua família, não por uma só refeição, mas por muitos dias.

Se Ele não muda, o mesmo Ele quer fazer comigo e com você, nos tirar desses dias difíceis ou no mínimo, nos dar forças para perseverarmos aqui. No entanto Ele exige tão somente, disposição para viver de acordo com a vontade dEle, perseverança em meio às provações da vida e total obediência como ato de fé e total dependência dEle. Fazendo assim, os mesmo milagres acontecidos com Elias e com a viúva de Sarepta, acontecerão na tua vida também; e verá que a farinha não se acabará, o azeite não faltará segundo a palavra do SENHOR! Você crê nisso?

Então, dispõe-te e vai aonde o SENHOR te mandar, pois se não houver ninguém para te ajudar. E ele ordena a “corvos” ou a “viúvas” para cuidarem de ti.
Que o Deus de Elias, da Providência nos abençoe. Amém!

Seminarista Járber SOUSA
Vargem Gde. Paulista-SP; 03 de março de 2009